Perdas necessárias: perder ou se perder?
24/05/2021 21:00 - Atualizado em 24/05/2021 21:12
CAMILA PEÇANHA SANTOS LEITE
 

Perdas doem, nos fazem sofrer e são difíceis de aceitar.
Na maioria das vezes não estamos preparados para perder nada e, quase sempre, somos péssimos perdedores.
Mas ao longo de nossa vida, nos acompanha essa mazela: perdemos desde coisas simples a pessoas importantes para nós.
 
Quando pensamos em perda, logo vem a mente, perda de pessoas, entes queridos... Mas perda vai muito além disso: podem ser mudanças, abandonos, ilusões sobre segurança e poder, nossos desejos e até mesmo sonhos perdidos.
 
Perdemos dentes, cabelos, unhas, só pra começar... Aos poucos perdemos algumas pequenas lutas, grandes batalhas, mas, seguimos.
"A vida tem sua própria sabedoria. Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo, a mata. Quem tenta ajudar o broto a sair da semente, o destrói. Há certas coisas que têm que acontecer de dentro para fora", nos ensina Rubem Alves.
 
Não podemos impedir que as perdas aconteçam, mas podemos aprender a nos conhecer e cuidar dos nossos sentimentos, de maneira que tudo que se vai, receba seu sentido para nós, mesmo indo embora.
Mas não podemos apressar nada! Tudo tem um tempo para se acomodar em nós.
O resignificar faz parte desse processo.
 
Perdemos nossa memória (todo dia um pouco) pra podermos dar lugar a coisas novas na nossa cabeça.
Guardar tudo é bem difícil, não é?!
Seguimos, e, diante de nossas escolhas, acabamos nos distanciando de alguns amigos; alguns nos deixam para sempre, como diz Leoni: "e o que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que haviam..."
 
Algumas perdas são necessárias, fazem parte do nosso crescimento, amadurecimento e até para mantermos nossa dignidade.
Você já ouviu falar em "deixar partir o que já não nos pertence?"
Essa é a mais importante, porque é decisão! Decidir entre você e todo o resto!
 
Você precisa ser sempre o mais importante para você mesmo.
Existem falhas em todos relacionamento, mas esse, tem que ser mais profundo e sincero que qualquer outro que você tenha tido ou terá.
 
No livro "A história de uma folha", Leo Buscaglia fala sobre a morte com uma delicadeza sem igual; nos faz ver como na natureza, tudo se renova, se refaz e, se fazemos parte desse universo natural, podemos compreender a perda também com naturalidade, por ser em quase sua totalidade, inexorável e imutável:
"...E, depois, a folha ficou sozinha, a única que restava em seu galho.
E, enquanto caía, ela viu a árvore inteira pela primeira vez..."
 
Não podemos nos proteger do tempo!
Não há como mudar isso!
 
Para crescer, temos que perder, abandonar, abrir mão e até mesmo desistir.
Faz parte da nossa existência e até de nossa essência, pois esse prejuízo nos faz crescer e evoluir.
 
Meu desejo é que você nunca se perca de si mesmo, de seus sonhos e do que te faz feliz.
 
Seja feliz!
 
Instagram @camilasantos_psicologa
Sobre o autor

Nino Bellieny

ninobellieny@gmail.com

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