
O governo federal sancionou a Lei 15.100/25, que proíbe alunos de usarem telefone celular e outros aparelhos eletrônicos portáteis em escolas públicas e particulares, inclusive no recreio e intervalo entre as aulas. A proibição vale para a educação infantil e os ensinos fundamental e médio. Para orientar profissionais e alunos quanto ao assunto, a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia de Campos vai promover uma campanha de conscientização e orientação, no próximo mês, visando alertar sobre os prejuízos do uso excessivo de telas para o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
O tema da campanha será “Vida além da tela”, de acordo com o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres. Ele é doutor em Educação pela Universidade de Brasília (UNB); mestre em Engenharia de Software pela Vrije Univesiteit Brussel - Bélgica / Ecole des Mines de Nantes - França; e licenciado em Matemática pela Faculdade de Filosofia de Campos.
A medida incluirá debates em escolas; vídeos com orientação de especialistas, como educador físico, psiquiatra e psicólogo; apresentações teatrais; entre outros. “Vamos comunicar da forma mais adequada possível. Nosso grande esforço é para não afastar as crianças do ambiente tecnológico; o que não queremos é que a ansiedade e depressão façam parte da vida delas, mas que a tecnologia seja utilizada de forma saudável, e a participação dos pais será fundamental”, informou o secretário.
Para ele, é extremamente importante falar sobre o assunto. “Na França, desde 2018, aproximadamente, se interrompeu o uso do celular nas escolas e, mais recentemente, outros países também estão fazendo isso. E em pesquisas recentes no Brasil, mais de 80% dos pais de alunos entrevistados identificaram que, de fato, não é saudável para as crianças estarem utilizando o celular. Eu entendo que nós estamos no caminho, e no âmbito da nossa rede municipal de Campos, promovemos o uso da tecnologia com o propósito pedagógico, como a lei defende”, disse Marcelo.
A subsecretária de Ciência e Tecnologia, Tânia Alberto, também falou sobre o assunto. Ela é servidora pública, graduada em Pedagogia e Geografia, pós-graduada em Filosofia e em Ensino à Distância, mestre em Ensino de Ciências do Ambiente, e possui vasta experiência em Educação Básica e Superior.
Segundo a subsecretária, o que atrapalha a aprendizagem é a falta de concentração, é a ansiedade gerada pela disputa, é a necessidade de fazer parte de grupos sociais. “É toda uma questão de natureza psicológica que vai surgir desse processo. Então a proibição do ponto de vista pedagógico é, para as escolas, um conforto, no sentido de evitar a impressão de que a escola é arbitrária. Agora os alunos entenderão que devem cumprir a lei federal”, declarou.
A legislação tem origem em projeto de lei (PL 104/15) da Câmara dos Deputados, de autoria do deputado Alceu Moreira (MDB-RS). A partir da sanção, fica permitido usar o celular em situações de estado de perigo, de necessidade ou caso de força maior; para garantir direitos fundamentais; para fins estritamente pedagógicos; e para garantir acessibilidade, inclusão, e atender às condições de saúde dos estudantes.
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