Registros de ocorrência mostram que Eliane Tavares era vítima de violência doméstica
Nesta sexta-feira (1), o advogado que representava Carlos Eduardo, Márcio Marques, deixou o caso e disse que a família está dividida sobre a defesa do estudante de medicina.
Registros de ocorrências mostram que Eliane Tavares, de 59 anos, morta após ser atropelada pelo filho, Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso, 32 anos, na última segunda-feira (28), era vítima de violência doméstica. De acordo com o delegado titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Carlos Augusto Guimarães, os registros são por lesão corporal e cárcere privado. Além do filho, o marido da vítima, Eduardo Aquino, também é citado nesses casos, que foram registrados em 2011 e 2015.
De acordo com o primeiro registro, Carlos Eduardo teria torcido o braço da mãe após uma discussão. À época, ela estaria separada do marido. Já em 2015, a polícia foi acionada depois de uma denúncia anônima, que relatava as constantes agressões sofridas por Eliane por parte do filho e do marido, e também estaria sendo mantida em cárcere privado. Ainda segundo as ocorrências, Eliane teria relatado as agressões, mas não quis representar contra eles.
O delegado disse que não descarta uma investigação contra o marido de Eliane, mas que novos elementos estão sendo colhidos pela Polícia Civil.
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"O motivo é exatamente este, porque a família está dividida. Então, eu não me sinto confortável de atuar em um caso em que eu esteja causando mal estar, desconforto para essa outra parte da família. Percebam que em um caso criminal nós temos autor, que é o réu, e a vítima. Neste caso peculiar, autor e vítima são da mesma família. Então, em razão desta polarização, eu estou me afastando do caso", afirmou.