Estudante de medicina que matou a mãe atropelada já foi preso por exercer ilegalmente a profissão
Maria Laura Gomes - Atualizado em 30/10/2024 18:35
Divulgação
O estudante de medicina Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso, de 32 anos, que atropelou e matou a própria mãe na noite da última segunda-feira (28), na avenida Francisco Lamego, no Jardim Carioca, em Campos, também é investigado pela Polícia Ciivil por exercício ilegal da profissão em um hospital de Cambuci.
Em março de 2024, Carlos Eduardo foi localizado pela Polícia Militar realizando atendimentos médicos no Hospital Municipal Moacir Gomes de Azevedo, em Cambuci, utilizando o carimbo de um médico cujo nome é semelhante ao seu, Carlos Eduardo de Souza. O diretor clínico da unidade hospitalar acionou a PM após suspeitas sobre a atuação irregular do estudante. Durante a abordagem, Carlos confessou que estava se passando por médico.
O caso foi registrado na 142ª Delegacia de Polícia de Cambuci, onde o estudante ficou sob investigação. À época, a Secretaria de Estado de Polícia Militar confirmou que ele foi conduzido à delegacia após a denúncia, e o médico Carlos Eduardo de Souza se pronunciou sobre a falsificação de seu carimbo em um vídeo ao lado de seu advogado, Alex da Mata.
A Folha entrou em contato com a Faculdade de Medicina de Campos que, em nota, informou que após o ocorrido foi criada a comissão especial disciplinar e foram tomadas as medidas de acordo com o Regimento Geral da Instituição. Já sobre o caso mais recente, em que o estudante está sendo investigado por atropelar e matar a mãe, a FMC disse que a Direção Geral está tomando as devidas providências disciplinares.
"De acordo com o Regimento Geral da Faculdade, é preciso criar uma comissão formada por professores da instituição, o que já foi feito. Agora a comissão tem até 30 dias para concluir os trabalhos.

A Folha também entrou em contato com o Tribunal de Justiça (TJ), que informou que o processo relacionado ao exercício ilegal da profissão está em fase de inquérito. A reportagem também entrou em contato com a defesa do estudante, mas ainda não obteve respostas. 
 

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