Justiça mantém prisão de estudante de medicina que atropelou e matou a mãe
Após audiência de custódia que aconteceu nesta quinta-feira (31), o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) manteve a prisão de Carlos Eduardo Tavares, que atropelou e matou sua própria mãe nessa segunda-feira (28). A prisão será convertida para preventiva e ele permanecerá preso até o julgamento.
O advogado que tinha assumido o caso, Márcio Marques, informou à equipe da Folha da Manhã que continuará no caso apenas em questões de sede policial para auxiliar a família em todo o inquérito policial, mas afirmou que não fará a defesa técnica no processo.
"Vou dar atenção ao pai, mas eu não vou atuar na defesa técnica dele lá no fórum, no processo. Mas ainda vou continuar dando atenção em sede policial, porque ainda tem algumas coisas para serem esclarecidas e eu quero ajudar o pai nesse sentido", disse Márcio.
Em março de 2024, Carlos Eduardo foi localizado pela Polícia Militar realizando atendimentos médicos no Hospital Municipal Moacir Gomes de Azevedo, em Cambuci, utilizando o carimbo de um médico cujo nome é semelhante ao seu, Carlos Eduardo de Souza. O diretor clínico da unidade hospitalar acionou a PM após suspeitas sobre a atuação irregular do estudante. Durante a abordagem, Carlos confessou que estava se passando por médico, o que também foi ressaltado durante audiência de custódia, já que ainda está acontecendo um processo sobre o crime.
O estudante de medicina estava detido na 146ª Delegacia de Polícia, em Guarus, onde prestou depoimento após o atropelamento. Segundo o delegado titular da DP, Carlos Augusto Guimarães, o homem "negou ter ciência de que a vítima fatal seria sua própria mãe".
Na tarde dessa quarta-feira (30), o advogado de defesa, Márcio Marques, esteve com o pai de Carlos e com o delegado responsável pelo caso, Carlos Augusto Guimarães. Ele comentou sobre a complexidade do caso e sua decisão em se retirar devido a diferentes pensamentos relacionados à família de Carlos. Uma parte da família quer justiça e a outra quer que ele seja defendido. Márcio já tinha ressaltado que tinha a possibilidade de sair do caso após a audiência.
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