Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso, de 32 anos, suspeito de atropelar e matar a própria mãe, identificada como Eliana Tavares, na noite desta segunda-feira (28), em Guarus, foi encaminhado na tarde desta terça-feira (29) para a 146ª DP para prestar depoimento. Ele foi detido ontem à noite após o acidente, mas estava sob cautela no Hospital Ferreira Machado porque teve ferimentos no rosto. O delegado titular, Carlos Augusto Guimarães, realizou uma coletiva de imprensa para divulgar mais informações sobre o caso, dizendo que já conseguiu imagens que mostram o momento da batida, além de confirmar que o rapaz, que é estudante de medicina, tem passagem pela polícia por exercício ilegal da profissão.

O atropelamento aconteceu na avenida Francisco Lamego, no Jardim Carioca. De acordo com a Polícia Civil, no local o rapaz teria confessado que tinha atropelado a mãe, mas disse que não sabia que era ela, que a bicicleta estava apagada. Ainda segundo a Civil, Carlos Eduardo continuará detido por homicídio culposo.

“Nossa equipe já coletou relatos de que, recentemente, houve desavenças entre o suspeito e sua mãe. O próprio motorista, de forma informal, comentou no hospital que, muito provavelmente, ele estava dirigindo com a intenção de atropelar a mãe” Carlos Augusto acrescentou que "nós pegamos também imagens do local e vimos a grande velocidade do veículo que invade a contramão, atropela a mulher e bate no outro veículo".

Além disso, o delegado ressaltou que o suspeito possui antecedentes criminais. “Esse rapaz já tem histórico de crimes, inclusive de exercício ilegal da medicina, tanto aqui em Campos como em Cambuci. Já registramos também ocorrências anteriores envolvendo agressões e ameaças contra a própria mãe”, afirmou.

As investigações prosseguem, com novas diligências sendo conduzidas para esclarecer a motivação do crime. O delegado destacou que uma decisão será tomada em breve sobre o enquadramento do caso. “Esse é o panorama inicial. A ocorrência ainda está em diligência e, até o final do dia, manterei esse posicionamento jurídico ou entenderei pelo dolo, a intenção de matar”, concluiu.