Assassinato da grávida Letycia Peixoto, em março deste ano, chocou a cidade de Campos em 2023
Éder Souza - Atualizado em 30/12/2023 17:01
Letycia Peixoto da Fonseca estava grávida de oito meses
Letycia Peixoto da Fonseca estava grávida de oito meses / Reprodução rede social
Uma grávida de oito meses é morta a tiros e o acusado é o próprio companheiro, o pai da criança. O assassinato da estudante de engenharia e gerente de uma distribuidora, Letycia Peixoto, de 31 anos, chocou a cidade de Campos em meio a tantos casos de violência contra mulheres em 2023. No dia 2 de março, ela foi baleada por dois homens em frente à casa da própria mãe, que também foi atingida pelos atiradores ao tentar defender a filha. Os homens, que hoje estão presos, estavam em uma moto e fugiram em seguida. Letycia morreu no hospital e o filho Hugo nasceu com vida, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.
Diogo mantinha relacionamento com Letycia desde 2015
Diogo mantinha relacionamento com Letycia desde 2015


Preso, mas ainda sem ser julgado, o ex-companheiro da vítima, Diogo Viola Nadai, é acusado de ser o mandante do crime. Considerado pelos familiares de Letycia como um homem frio, ele carregou o caixão do filho no dia do velório e dormiu na casa da mãe de Letycia no dia do crime. Casado, ele vivia um relacionamento extraconjugal com Letycia. A pressão da vida dupla, segundo a acusação, motivou Diogo a encomendar, por R$ 5 mil reais, a morte da gestante e de seu filho. Além de Diogo, outros três homens estão presos acusados de participação no crime. Eles são: o atirador, o homem que pilotava a moto e o homem que foi o intermediário entre o mandante e os executores.

Gestante Letycia Peixoto foi morta no dia
Gestante Letycia Peixoto foi morta no dia / Reprodução de vídeo

No dia do crime, Letycia estava no carro da empresa em que trabalha conversando com sua mãe, que estava do lado de fora do veículo, na rua Simeão Scheremeth, próximo à Arthur Bernardes, quando, por volta das 21h, as duas foram surpreendidas por dois homens em uma moto, que pararam ao lado do automóvel. O carona disparou diversos tiros na direção da gestante, que foi atingida na face, no ombro, na mão esquerda e no tórax. A mãe de Letycia, por instinto, chegou a correr em direção aos criminosos, momento em que foi atingida na perna esquerda. Câmeras de segurança flagraram o momento do assassinato.
Também no momento do crime, Letycia deixava a tia-avó Simone Peixoto, de 50 anos, em casa, após um passeio de carro que fazia sempre com ela para acalmá-la. No banco do carona, Simone, que tem Síndrome de Down, ficou coberta de sangue e a família diz que ela chora o tempo inteiro. Segundo o tio de Letycia, eles chegaram a pensar que a Simone havia sido baleada, mas se tratava de grande quantidade de sangue de Letycia após ser atingida.
As duas foram socorridas pelo tio da gestante e levadas para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde Letycia morreu logo após dar entrada. Uma cesariana de emergência foi realizada e o bebê transferido para a UTI neonatal da Beneficência Portuguesa, mas ele não resistiu e morreu horas depois. Já a mãe da gestante foi atendida, fez exames e recebeu alta.

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