
A presidente da Associação, Sônia Ferreira, que também é moradora de Atafona, explica a importância do movimento. "A SOS Atafona foi criada em 2019 com o objetivo de preservar nossa região, que enfrenta há anos problemas como a erosão e a perda de praias. Desde nossa fundação, estamos nessa batalha e ainda não conseguimos respostas concretas das autoridades", afirma.
A associação já acompanhou e questionou diversas ações da Secretaria de Meio Ambiente, inclusive a licitação de estudos para avaliar soluções ambientais e econômicas. Porém, até agora, nenhum dos três projetos apresentados foi considerado viável. "É uma situação complicada. Temos lutado contra a erosão, que ameaça as casas e destrói a vegetação local, além de comprometer o habitat das tartarugas marinhas. Sem contar que veículos como quadriciculo circulando nas dunas colocam em risco a vida desses animais", relata Sônia.

Outro ponto crítico mencionado por Sônia é a perda das casas dos pescadores locais devido à invasão do mar. A Prefeitura tem arcado com o aluguel social, mas a promessa de reconstrução das casas ainda não foi cumprida. "Os pescadores perderam suas casas, e as promessas de um novo lar ainda não foram cumpridas. Queremos que as casas sejam feitas e entregues a eles, como foi prometido", reivindica.
Além das questões ambientais, Sônia menciona a falta de infraestrutura em Atafona, como a ausência de iluminação pública em algumas áreas e o aumento de furtos na região. "Na época em que eu era jovem, Atafona era tranquila. Eu tenho 80 anos e eu sempre pude deixar a porta de casa aberta. Agora, com o aumento de assaltos, isso não é mais possível", lamenta.
A manifestação também busca destacar o impacto da mudança na população local. Durante a pandemia, muitos moradores de Campos, se mudaram para a região e criaram um grupo chamado "Quarentena", que tem se unido para ajudar a promover melhorias para a comunidade. "Eu faço parte desse grupo também e, por isso, decidimos organizar essa manifestação. Queremos cobrar as soluções, mas sempre de maneira respeitosa. Não é uma briga, é um pedido de ajuda para resolver os problemas de Atafona", afirma a presidente da associação.
Sônia, que é moradora de Atafona há 28 anos, relembra com carinho a história da região. "Sempre passei minhas férias aqui, e desde que me mudei, nunca mais quis sair. Atafona sempre foi o meu lugar, mas, infelizmente, perdemos muito para o mar e para a areia", conclui.
A Prefeitura de São João da Barra se manifestou sobre a situação da erosão costeira e os desafios enfrentados pela comunidade de Atafona, destacando o avanço na implementação de soluções para a contenção da erosão.
"A Prefeitura de São João da Barra avança na implementação de soluções para a contenção da erosão costeira com a abertura do processo de licitação para contratação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental da Erosão Costeira. Por se tratar de um estudo inédito na região, a estruturação da licitação demandou uma análise técnica e jurídica criteriosa, garantindo que os termos do edital estejam plenamente alinhados às normativas ambientais, administrativas e de engenharia costeira. O objetivo é assegurar a viabilidade do processo e evitar entraves que possam comprometer sua execução, garantindo um estudo robusto e com embasamento técnico adequado para subsidiar futuras intervenções", explicou a nota.
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