Consumidores buscam alternativas para driblar alta nos preços dos alimentos
05/04/2025 09:30 - Atualizado em 05/04/2025 09:30
Com a alta nos preços de alimentos considerados essenciais na mesa dos brasileiros, como o ovo, que subiu até 19,4% no último mês, e o café, que teve um aumento de 72% nos últimos 12 meses, os campistas estão tentando buscar soluções para caber dentro do orçamento, mas sem deixar de consumir alguns itens. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Campos (Sindivarejo), os comerciantes também estão buscando soluções para não deixar de vender.

Para Maurício Cabral, vice-presidente do Sindivarejo, a diminuição na compra desses produtos já é evidente nos estabelecimentos.

"As pessoas estão repensando suas compras e isso exige que os comerciantes ajustem suas estratégias para manter as vendas", destacou Maurício, acrescentando que, para tentar contornar essa situação, muitos estabelecimentos têm investido em promoções e descontos.

Apesar dessas estratégias, muitas vezes, nem sempre os resultados são positivos para o comércio, ressaltando os altos tributos pagos pelos empresários.

"Temos visto que as políticas de descontos não têm sido tão eficazes quanto gostaríamos, principalmente por causa da alta carga administrativa e fiscal que enfrentamos", explicou Cabral.

Denise Almeida, de 64 anos, servidora pública, sempre foi apaixonada por ir às compras. Para ela, estar no supermercado era uma questão de aliviar a mente. Mas, agora, ela fala que se tornou um verdadeiro "pesadelo", já que os preços estão muito altos.

"É difícil comprar o que eu costumava comprar. Estou tendo que escolher entre menos produtos ou coisas mais baratas. O café na minha casa é muito consumido, gasto um pacote de 500g em cinco dias. O ovo é uma das comidas preferidas do meu neto, então, não posso deixar de ter em casa, além de ser ingrediente para muitas coisas. Tenho comprado quantidades menores. Eu chegava até estocar alguns alimentos, o que não dá mais para ser feito com os preços de hoje", contou a servidora.

O vice-presidente do Sindivarejo disse que a entidade continua acompanhando a situação de perto e mantém um diálogo com as autoridades para buscar soluções que minimizem os impactos da inflação sobre o comércio e a população. Entre as propostas defendidas pela entidade estão incentivos fiscais, a redução do custo Brasil e programas de educação financeira para ajudar as famílias a lidarem melhor com suas finanças.

"Precisamos encontrar formas de aliviar a pressão sobre o bolso dos consumidores. É essencial que todos trabalhemos juntos para superar esse desafio", finalizou Maurício.

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