Panorama Anual da Violência contra a Mulher no Estado do RJ registra aumento de casos
Ingrid Silva 05/04/2025 09:10 - Atualizado em 05/04/2025 09:10
Panorama da Violência contra a Mulher: violência física
Panorama da Violência contra a Mulher: violência física / Divulgação: Governo do Estado RJ
Mesmo sem o lançamento do Dossiê Mulher 2025 (com registros referentes a 2024), um Panorama Anual da Violência contra a Mulher foi divulgado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro através do Instituto de Segurança Pública (ISP), com base nos registros de ocorrência da Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) de todo o estado. Os dados contêm números do ano passado, além de comparações desde 2014 até então. Neles, constam que houve registro de 43.742 vítimas no ano de 2024 que sofreram violência física, um aumento de 5,6% em relação a 2023. O total contabilizado engloba todos os delitos relacionados a diversas formas de agressão, como feminicídio, homicídio doloso, lesão corporal dolosa, tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio. Apenas casos de feminicídio foram um total de 107 registros no estado, aumento de 8,1% em relação ao ano passado.
Panorama da Violência contra a Mulher 2025 (ano-base 2024)
Panorama da Violência contra a Mulher 2025 (ano-base 2024) / ISP/Governo do Estado RJ


No balanço do panorama, foi registrado ainda que as violências psicológica, moral, patrimonial e sexual tiveram os maiores números nos últimos anos. No caso do tipo de violência patrimonial e sexual, foram registrados o maior patamar da série histórica apresentada no gráfico desde 2014, com 8.334 e 8.339 vítimas, respectivamente. Já as outras foram os maiores números nos últimos nove anos, em que a psicológica possui um aumento de 10,2% em relação a 2023, com 56.206 vítimas e a moral ficou apenas atrás de 2014, com 37.571 e aumento de 10,5%.

Ainda de acordo com os dados, em 2024, o número de vítimas de tentativa de feminicídio aumentou 24%, totalizando 382 casos — 74 a mais que em 2023, quando foram registradas 308 ocorrências. Esse é o maior valor alcançado desde o início da série histórica, em 2016. Em relação a ameaças, no ano passado houve um total de 46.203 vítimas recorreram à delegacia para denunciar esse crime, 6,6% a mais do que em 2023, sendo esse o terceiro maior número da série histórica anual para o delito, atrás apenas de 2014 (57.259) e 2015 (48.832).

Já em questão de assédio sexual, em 2024 foi registrado o maior número da série histórica, com 390 vítimas segundo o Panorama. Esse valor representa um aumento de 30,8% em relação a 2023, quando foram contabilizadas 298 ocorrências.
No Panorama, não há dados específicos de municípios e regiões. Mas, de acordo com dados atualizados da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Campos, houve um aumento de 75 Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) em relação ao ano passado até o dia 7 de março. Neste ano, já foram registradas 378 MPUs, enquanto no ano passado até o mesmo dia, foram 303. Em 2025 até o dia 2 de abril, esse número aumentou para cerca de 500 medidas abertas. Em relação às ocorrências registradas na sede especializada, foram 662 registros até o dia 7 de março deste ano, enquanto no ano passado foram 570 no mesmo período. Já no número atualizado deste ano até a última quarta-feira (2) houve um aumento para 930 registros.

Entre os canais disponíveis para denúncias de violência contra a mulher, além de procurar ajuda nas Deams dos municípios, estão:
• Serviço 190 e o Aplicativo Rede Mulher da Secretaria de Estado de Polícia Militar;
• Disque 180: canal do Governo Federal para denúncias e orientações;
• Disque 100 - Cidadania e Direitos Humanos: canal de denúncias, reclamações e orientações que funciona 24 horas por dia e sete dias por semana ( Telefone: 0800-023-4567 / WhatsApp: (21) 97706-2831);
• Disque Denúncia:registra denúncias 24 horas por dia e sete dias por semana, por meio dos telefones: (21) 2253-1177 (Região Metropolitana) e 0300-253-1177 (nas demais regiões com custo de ligação local);
• Ouvidoria do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ): atende denúncias e pedidos de informação de segunda a sexta-feira (dias úteis), de 9h às 18h (telefones 127 – capital e (21) 3883-4600 – demais localidades);
• Patrulha Maria da Penha: programa da Polícia Militar do Rio de Janeiro especializada no atendimento de vítimas de violência doméstica.

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