Última temporada de 'fernandos em busca de Pessoa' no Teatro de Bolso
Segunda temporada e última oportunidade para conferir “‘fernandos’ em busca de Pessoa”, no Teatro de Bolso Procópio Ferreira, em Campos. Sempre às 20h, o texto de Arlete Sendra, com direção de Fernando Rossi, terá apresentações nesta sexta (1º), no sábado (2) e domingo (3). Arlete Sendra, emocionada, acompanhou da plateia o seu trabalho em cena, no último final de semana.
Com produção do Estúdio Gente é pra Brilhar e não pra Morrer de Fome, no elenco estão: Alexandre Ferram, Gaya Paz, Joilson Bessa, Raquel Fernandes e Thiago Eugênio. Os ingressos custam R$ 40 inteira e R$ 20 meia e podem ser adquiridos através do site www.megabilheteria.com. A censura é de 14 anos.
No centro da temática da peça está Fernando Pessoa, poeta lusitano que viveu entre 1888 e 1935, um dos escritores de maior projeção do idioma português. Sua obra carrega uma das questões mais intrigantes da literatura do século XX: os heterônimos, que foram gestados, paridos, criados e mortos pelo poeta.
O espetáculo parte da premissa de que o encontro entre o poeta português e seus heterônimos ocorre em um “quando o depois chegar...”, para o encontro Rossi concebe um ambiente minimalista, onírico e surrealista, pontuado por referências sonoras e visuais à vida e à obra de Pessoa, como a água, a navegação e o álcool. Nesse espaço, os personagens não saem de cena e, quando não estão dialogando, acompanham o desenrolar dos fatos, como se fossem participantes de um sarau, um evento lítero-teatral.
Diante de tamanha autonomia frente ao escritor, seus três heterônimos mais conhecidos, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, resolvessem travar um acerto de contas com ele? Esse é o ponto central do espetáculo “‘fernandos’ em busca de Pessoa”.
Diante de tamanha autonomia frente ao escritor, seus três heterônimos mais conhecidos, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, resolvessem travar um acerto de contas com ele? Esse é o ponto central do espetáculo “‘fernandos’ em busca de Pessoa”.
O texto é a mais recente produção do projeto lítero-teatral de Arlete Sendra, que já levou ao teatro, entre outras produções, Macabéa interpelando Clarice Lispector e Capitu confrontando Machado de Assis.
Desta vez, a imortal da Academia Campista de Letras mergulhou em biografias de Fernando Pessoa e obras do autor e de seus heterônimos, para construir uma dramaturgia que parte do encontro entre Pessoa e suas criações, atravessa questões da vida pessoal do escritor e chega ao conflito do poeta acerca de sua própria identidade, inclusive a sexual.
Desta vez, a imortal da Academia Campista de Letras mergulhou em biografias de Fernando Pessoa e obras do autor e de seus heterônimos, para construir uma dramaturgia que parte do encontro entre Pessoa e suas criações, atravessa questões da vida pessoal do escritor e chega ao conflito do poeta acerca de sua própria identidade, inclusive a sexual.
Os intensos diálogos entre os personagens foram cuidadosamente lapidados com sofisticada erudição pela autora, Arlete Sendra, e são perpassados por versos bastante conhecidos de Pessoa, como “Não sou nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”, “Todas as cartas de amor são ridículas...” e “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.
Com informações de assessoria