A saúde sempre foi um ponto delicado em Campos, independente de governos e apesar dos avanços nos últimos dois anos, o setor foi apontado, na pesquisa Iguape (de julho), por 39,1% dos entrevistados, como o pior problema do município, embora também mencionada como a segunda melhor área de atuação do prefeito Wladimir. Recentes denúncias envolvendo a Saúde Pública chegaram à Câmara Municipal, como é o caso de morador de Ururaí. A família alega omissão de socorro da Unidade Pré-hospitalar de Ururaí (UPH). Outro caso que ganhou repercussão nas redes sociais foi o do cantor Jota Leonni, que só após gravar um vídeo contando sua situação conseguiu passar por uma cirurgia.
Leonni, que é baiano, mora em Campos há 25 anos. Ele contou que descobriu as “pedras” nos rins em dezembro de 2021. Depois de conseguir uma cirurgia, na Santa Casa de Misericórdia, em dezembro de 2022, o cantor foi notificado de que a mesma havia sido desmarcada. O motivo teria sido a queda do dique da Avenida XV de Novembro.
Após tratamento em outra cidade, Jota Leonni voltou para Campos e seguiu tentando remarcar a cirurgia. Após inúmeras tentativas, segundo ele, em vão, o cantor gravou um vídeo onde relata seu caso.
— E aí começou a minha maratona em Campos. Eles diziam que dependiam do sistema, mas não tinha retorno. Cheguei a ser notificado dia 24 de agosto, internei no dia 28 e passei pelos procedimentos para a cirurgia no dia 29. Estava feliz. No dia da cirurgia, meu médico disse que tinha uma má notícia, é que a minha cirurgia não ia acontecer porque não tinha material cirúrgico — contou.
Após o vídeo, ele realizou a cirurgia na última terça-feira (5), no Hospital Geral de Guarus (HGG). Agora, está de repouso absoluto. “Sou grato aos meus amigos Juliana Ferreira e Neyvi Castro que conseguiram, com o apoio do prefeito de Italva, que eu fosse atendido em Bom Jesus do Itabapoana. Lá, graças a Deus, o doutor Igor Lafonte me salvou e comecei o tratamento. Se não fosse isso, eu poderia nem estar vivo para a cirurgia”, disse.
Outro caso relacionado à saúde foi debatido na Câmara nesta semana. O assunto foi levantado pelo vereador Maicon Cruz que contou sobre o caso de Luiz Carlos da Conceição Coutinho, de 61 anos, que faleceu na madrugada de sábado (2), dentro de casa, em Ururaí. O homem teria acordado passando mal, e familiares então pediram socorro na Unidade Pré-hospitalar (UPH), porém foram informados de que a ambulância não poderia sair do local para atender.
A Prefeitura informou, em nota, que: “Os médicos da UPH de Ururaí devem cumprir com suas competências dentro do estabelecimento. Para um atendimento domiciliar, a equipe da Emergência em Casa 192 deve ser acionada”.
UPH de Ururaí
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Rodrigo Silveira
Reclamação da UPH de Ururaí e visita de vice-prefeito em unidades de saúde
Usuários da Unidade Pré-hospitalar de Ururaí (UPH) de Ururaí reclamam da transferência de médicos para a Tapera. Os pacientes, que têm medo de se identificar, informaram que é necessário ir até a unidade, da outra localidade, para conseguir atendimento. A unidade da Tapera foi transformada em Policlínica, por isso, boa parte da demanda de Ururaí foi transferida para Tapera.
Na última terça-feira (05), o vice-prefeito de Campos, Frederico Paes, percorreu unidades de saúde do município.
“Essa incursão em toda a área da saúde, demandada por Wladimir, terá como objetivo estabelecer um diálogo direto com os servidores e a população para identificarmos as melhorias realizadas nesses dois anos e nove meses de governo e traçar novas estratégias para solucionar os problemas ainda existentes, aprimorando os serviços disponibilizados”, disse o vice-prefeito.
Por meio de nota, o município também informou que a unidade de Ururaí possui a finalidade de resolver grande parte das urgências e emergências que chegam para atendimento, onde pelo menos 97% das ocorrências devem ser solucionadas na própria unidade. Esses equipamentos consistem em acolher e oferecer com qualidade um atendimento médico aos casos de urgência e emergência de baixa, média e alta complexidade, incluindo manter os pacientes em observação por até 24 horas para elucidação diagnóstica e/ou estabilização clínica, além de encaminhar aqueles que não tiverem suas queixas resolvidas com garantia da continuidade do cuidado para internação em serviços hospitalares de retaguarda do município por meio da regulação do acesso assistencial. (C.B.)
