Arte de Alexandre Mury em rodas conversa e exposição
Dora Paula Paes - Atualizado em 09/10/2024 08:02
"Sísifo Distópico" (Esteira Ergométrica e Escultura de Isopor)
"Sísifo Distópico" (Esteira Ergométrica e Escultura de Isopor) / Divulgação
No mesmo espaço da exposição do artista Alexandre Mury, aberta ao público na Casa de Cultura Villa Maria, em Campos, estão programadas três Rodas de Conversa da Ocupação Artística Formas Múltiplas de Continuidade no Espaço. Uma dessas rodas acontece nesta quinta-feira (10), às 18h30. A abordagem será as “Perspectivas históricas e patrimoniais na Arte Contemporânea: da legitimidade histórica às novas formas de patrimônio”. Ele estará acompanhado de Simonne Teixeira e Leonardo Vasconcelos.
Segundo Mury, os encontros são uma oportunidade de dialogar com o artista e convidados sobre temas como patrimônio, sociedade e novas tecnologias.
Outras duas rodas de conversa estão programadas para os dias 15 e 17, sempre às 19h, quando ele estará sempre acompanhado de convidados e, juntos, prontos para a interação com o público. Entre os convidados estão: Analice Martins, Simone Pedro, Amanda Bastos, Raquel Fernandes. A mediação será de Danuza Rangel; convidados ligados à cena cultural de Campos.
No último dia 24, Mury abriu sua exposição na Villa Maria. O público tem até o dia 23 de outubro, das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira, a oportunidade de conhecer o seu trabalho artístico. Pela casa vai encontrar esculturas fragmentadas por espelhos, projeções, ready-mades inusitados e um código de algoritmo que promete a continuidade infinita da criação artística, tudo isso configurando uma narrativa metalinguística que brinca com a própria estrutura da arte e suas possibilidades.

Conhecido por sua prática que mistura fotografia, performance e intervenções conceituais, Mury se firma como um dos artistas contemporâneos mais instigantes do cenário nacional e, no seu trabalho é possível sentir todo esse impacto de provocações.
Sobre a escultura "Sísifo Distópico" (imagem), em isopor, inspirada em Formas Únicas de Continuidade no Espaço, de Umberto Boccioni, em uma esteira ergométrica, Mury explica que esse conjunto cria uma forte alegoria sobre movimento e estagnação. "A esteira, um equipamento moderno associado à saúde e ao progresso pessoal, sugere a ideia de deslocamento contínuo. No entanto, a escultura sobre a esteira permanece imóvel, prisioneira de um movimento sem destino. Há uma ironia evidente no fato de a esteira estar desligada, mostrando a ilusão de avanço que nunca ocorre. A escultura, por sua vez, reinterpretada em isopor, material leve e frágil, sugere uma certa vulnerabilidade da própria forma futurista, um contraste com a robustez da obra original de Boccioni", descreve. 
 
Rodas de Conversas na Villa Maria
Programação

10/10
Perspectivas históricas e patrimoniais na Arte Contemporânea: da legitimidade histórica às novas formas de patrimônio.
Com: Alexandre Mury, Simonne Teixeira e Leonardo Vasconcelos. Mediação de Danuza Rangel

15/10
A Arte como transformadora de espaços e interações sociais: reflexões sobre sociedade, cultura e identidade.
Com: Alexandre Mury, Analice Martins e Simone Pedro. Mediação de Danuza Rangel

17/10
Intersecções entre Arte, conhecimento e novas tecnologias: democratização do acesso e novas formas de expressão.
Com: Alexandre Mury, Amanda Bastos, Raquel Fernandes. Mediação de Danuza Rangel

ÚLTIMAS NOTÍCIAS