
A nova conselheira eleita da cadeira temática de Dança no Conselho Municipal de Cultura de Campos (Comcultura), Tatyana Tavares, disse que está ciente da situação. No entanto, ela aguarda uma reunião na próxima semana, ainda sem data, com a administração do teatro, para entender o que realmente aconteceu para essa mudança que foge ao divulgado no Diário Oficial. De acordo com ela, caso se concretize e esse aluguel seja mesmo cobrado, ela acredita ser um passo para privatizar o teatro e, assim, impossibilitar professores, crianças e seus pais de estar no local para assistir as apresentações locais. “Eu prefiro falar somente após a reunião, até para entender o que está ocorrendo”, justificou.
A questão da cobrança veio à tona através do professor de dança, bailarino e produtor cultural, Maurício Areias, ex-conselheiro da cadeira, hoje ocupada por Tatyane. Em forma de desabafo, ele disse no período da X Conferência de Cultura, em março, que se sentiu na obrigação de falar para o grupo “que mais uma vez a dança vai precisar brigar juridicamente para que sejam respeitados seus direitos de uso de um equipamento que é público”, escreve.
Em fevereiro, os fazedores de cultura foram chamados para um processo de pré-agendamento de espaços como o Trianon e o Teatro de Bolso Procópio Ferreira. Outro problema é a agenda, informa outra representante de uma academia de dança. De acordo com ela, a agenda não é aberta e os interessados não têm como analisar as datas disponíveis, o que denotaria total falta de transparência. “Precisamos sugerir possíveis datas para a realização do espetáculo e aguardar um sim ou não da administração”, disse e completa: - Dentro das nossas academias fica a incerteza quando a realização de um espetáculo tão esperado pelos alunos e seus pais.
Professores e donos de academias de dança ainda contam que não é fácil preparar um espetáculo. Uma apresentação, pode custar até R$ 20 mil para sua montagem. E essa cobrança de aluguel proposta pelo Trianon, com uma primeira sessão no valor de 46 Uficas (R$7887,16), é fora da realidade para a maior parte dos espaços de dança da cidade. Eles falam que falta, inclusive, infraestrutura dentro do próprio Trianon, que não tem iluminação apropriada e até mesmo os lanterninhas precisam ser contratados pelos organizadores.
Contudo, o grupo que trouxe a denúncia até à Folha da Manhã ressalta que a sensação é que os administradores da cultura no município querem “empurrar” as academias de dança para o Teatro de Bolso. Porém, revela que o espaço também não estaria com a infraestrutura ideal para atender a demanda. Eles denunciam, que nas conchias tem mofo, parede caindo o reboco e falta ventilação, o que inviabiliza montar um espetáculo no espaço com crianças, por exemplo.
A Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) informa que já realizou reunião com as academias que a procuraram, explicando o novo procedimento. "Os gestores dos grupos entenderam. Foi pedida, na ocasião, uma proposta para a FCJOL analisar e ver o que pode ser feito, dentro das possibilidades das novas normativas", diz nota.
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