Os antigos moradores de Santo Eduardo contam que a chuva de 1975 foi arrasadora para a localidade, chegando a cobrir os bancos da Praça Divino Espírito Santo. Em 2024, 45 anos depois, outra chuva torrencial atingiu a região norte de Campos. Desta vez, a força da água arrancou os mesmos bancos e destruiu casas, comércios e veículos. Um ano depois, a vida ainda não voltou ao normal para muitos moradores.
“Até hoje meu psicológico ainda está muito abalado. Nunca vi tanta destruição em tão pouco tempo”, desabafou Jocineia Martins, moradora da localidade há 64 anos, sobre a madrugada entre os dias 22 e 23 de março. Jocineia também afirmou que promessas feitas pelo poder público ainda não foram cumpridas. Segundo ela, nem todos os moradores receberam o Cartão Recomeçar e, até hoje, contam com a ajuda de vizinhos e amigos para reconstruir e mobiliar suas casas.
De acordo com nota da Prefeitura de Campos, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social afirmou que os moradores tiveram acesso ao Saque Calamidade, benefício do Governo Federal disponibilizado pela Caixa Econômica Federal, e ao Cartão Recomeçar, no valor de R$ 3 mil, pago pelo governo do estado para ajudar na reconstrução das moradias e na compra de eletrodomésticos e móveis. Ainda em nota, a Secretaria de Obras e Infraestrutura assegurou que foram distribuidos de materiais de construção para famílias de baixa renda que tiveram telhados, paredes e portas danificadas pela força das águas, ventos e lama.
O Ribeirão Santo Eduardo, que recebe águas de diversos pontos da região, é historicamente um ponto de atenção em períodos de forte chuva, como em março. Após a enchente do último ano, a prefeitura, por meio das secretarias operacionais, realizou obras de manutenção na cabeceira da ponte sobre o córrego e em suas margens. Também foram removidos lixo, vegetação e entulho acumulados no leito do ribeirão. Além disso, trechos de galerias foram substituídos por manilhas de maior diâmetro, capazes de suportar volumes intensos de água.
Enchente em Santo Eduardo em março de 2024, distrito de Campos, próximo à divisa com o Espírito Santo e do Rio Itabapoana que determina as cheias na região e delimita a fronteira.
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PMCG
O fotógrafo Lenilson Werneck alertou que as manutenções foram realizadas apenas na área urbana do distrito, sem fiscalização em outras partes do ribeirão. “É preciso promover uma campanha de conscientização para que os moradores descartem corretamente o lixo e os entulhos, mantendo os bueiros desobstruídos para o escoamento das águas pluviais”, afirmou Lenilson.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), há previsão de chuvas intensas para as cidades do Norte Fluminense. O alerta prevê um acumulado de chuva entre 20mm/h e 30mm/h, podendo chegar a 50 mm/h, com ventos intensos de 40 a 60 km/h.
De acordo com a Seap, Vanessa Jesus de Almeida, que era moradora de Macaé, estava no isolamento do presídio por suspeita de tuberculose; neste domingo, presas atearam fogo em colchões após demora na retirada do corpo pelo rabecão
A informação foi confirmada na unidade hospitalar e também pela assessoria; ele deu entrada na manhã desta quarta-feira (26) por "intoxicação exógena por veneno"
A sinalização será iniciada nesta quinta-feira em 25 cruzamentos da cidade, em ambos sentidos das avenidas 28 de Março e Pelinca, além da rua Gil de Góis