Homem que matou subsíndico tem prisão preventiva decretada em Campos
28/02/2025 15:38 - Atualizado em 28/02/2025 16:58
Caso subsíndico
Caso subsíndico / Divulgação
José Renato Costa de Queiroz, acusado de ter matado o subsíndico dentro de um condomínio em Campos, teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia que aconteceu no início da tarde desta sexta-feira (28). Ele foi encaminhado da Delegacia do Centro do município para o presídio após receber alta do Hospital Ferreira Machado (HFM) na manhã de quinta-feira (27). O crime aconteceu na madrugada dessa quarta-feira (26). Segundo a delegada titular da 134ª DP, Carla Tavares, a esposa de Vinícius, que foi ouvida também nesta sexta, foi outra vítima de tentativa de assassinato já que, no dia do crime, o autor teria tentado atirar contra ela, mas a arma também falhou ou faltou munição, como aconteceu ainda com o síndico do condomínio. De acordo com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, as medidas cautelares não seriam adequadas nem suficientes e, para preservar a sociedade, a prisão foi convertida em preventiva.

"As medidas cautelares previstas no referido artigo, como a proibição de frequentar determinados lugares, a vigilância eletrônica, o comparecimento periódico em juízo, entre outras, não são adequadas nem suficientes para coibir o risco de novo cometimento de crime ou assegurar a aplicação da lei penal. A gravidade do crime, a frieza do custodiado e a periculosidade demonstrada em sua conduta exigem a manutenção de sua custódia para a efetiva proteção da sociedade e o regular andamento do processo. Assim sendo, evidenciado o risco à ordem pública, à aplicação da lei penal e à conveniência da instrução criminal, e tendo em vista a necessidade de se preservar a sociedade, converto a prisão em flagrante em prisão preventiva”, disse o trecho da decisão.
Transferido para o presídio
Transferido para o presídio / Divulgação


O caso aconteceu dentro do condomínio Mais Ipê, localizado na Avenida Arthur Bernardes. O subsíndico Vinícius da Silva Azevedo, morreu após ser atingido por tiro. José Renato Costa de Queiroz era morador do condomínio. Vinícius chegou a ser socorrido para o Hospital Ferreira Machado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade hospitalar.

De acordo com a delegada titular da 134ª Delegacia de Polícia no Centro (responsável pela investigação), Carla Tavares, o suspeito, após receber uma reclamação em relação a um vazamento de água em uma unidade domiciliar, teria efetuado seis tiros contra o subsíndico. Depois de descarregar a arma contra a vítima, o autor ainda desferiu várias coronhadas na cabeça da vítima, que já estava caída no chão.

Ainda segundo Carla, o homem foi perseguido ao tentar fugir a pé depois do crime e foi contido por populares, que conseguiram detê-lo até a chegada da PM. A arma utilizada no crime foi apreendida no local. "O autor dos disparos é uma pessoa extremamente agressiva e com extensa ficha criminal", disse Tavares.
Após o depoimento da esposa de Vinícius nesta sexta-feira, a delegada contou que ela relatou sobre ele ter atirado nela, mas a arma teria falhado ou estava sem munição.
"Quando ela tentou salvar o marido, ele atirou nela, mas falhou, ou já não tinha mais munição, isso ela não saberia esclarecer. Mas foi ela que desarmou o assassino. Ela lutou com ele para impedir que continuasse as agressões", explica Carla Tavares. Ela ainda afirmou que a motivação foi a mesma já apontada, sobre o vazamento do apartamento de José Renato. 
A ficha criminal do homem, segundo a delegada, inclui casos de lesão corporal e ameaça decorrentes de violência doméstica, importunação sexual, coação no curso do processo, disparo de arma de fogo, posse ilegal de arma de fogo e furto tentado.

Na saída da delegacia, na quinta-feira, o autor dos disparos relatou que se arrependeu, mas ressaltou que não sabia o porquê de ter tomado a atitude de matar o subsíndico. Ele disse, ainda, que acredita que estava sob efeito de drogas, mas não soube responder quais seriam essas drogas. Ainda na saída, ele repetia que era pai de família.
Segundo Carla Tavares, José Renato se manteve em silêncio durante o depoimento. Ele vai responder por homicídio e tentativa de homicídio também contra o síndico do condomínio.

"Ele vai responder por um homicídio e uma tentativa de homicídio porque o síndico, quando prestou declaração aqui na delegacia ontem à tarde, afirmou que ele puxou o gatilho mais 2 vezes tentando acertá-lo também e com o objetivo de matar. Ele conseguiu fugir porque a arma falhou nesse momento. O suspeito não alegou nada. Ele se manteve em silêncio, que é um direito constitucional dele", informou Carla.

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