
O presidente da Carjopa, Expedito Coleto, também aguarda uma solução. Para ele, essa questão do Hotel Flávio é insustentável, por manter o trecho de uma rua importante fechada há um ano. "Dá para se imaginar quanto está sendo prejudicada a mobilidade e o tráfego de veículos na região central". disse ele, ressaltando que na semana passada encaminhou um ofício ao Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) pedindo a colocação do ponto de vans na Avenida 7 de Setembro.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Fernando Loureiro, vê com tristeza a situação do que restou do Hotel Flávio. "Um ano que o prédio foi tomado por um incêndio e, desde então, a rua ficou fechada para o trânsito de veículos, prejudicando desta forma não só as lojas ao lado do prédio, mas várias ruas do centro que sofrem com o fechamento da rua Carlos de Lacerda, entre a rua 7 de Setembro e 21 de Abril", destacou o empresário Loureiro.
O presidente da ACIC ainda provoca ao questionar: "Gostaria de saber qual será o posicionamento da presidente do Coppam, Auxiliadora Freitas, haja visto que não houve até o momento uma definição do que será feito no prédio."
Em nota, a Prefeitura de Campos informou que "o COPPAM tem atuado pela conservação das partes remanescentes do imóvel, principalmente sua fachada. As principais preocupações passam pelo risco de desabamento e pela consequente necessidade de isolar a área para pedestres, o que tem prejudicado o acesso ao entorno do imóvel. Foram executadas, desde o início de dezembro de 2022, diversas visitas técnicas por parte de equipes do poder público, incluindo agentes técnicos da sociedade civil.

A questão do Hotel Flávio representa um duro golpe no patrimônio edificado da nossa cidade, aponta a historiadora, Rafaela Machado. Praticamente, não restou mais nada do prédio, que é tombado conforme a resolução n° 005/2013, além da fachada e uma parede lateral.
Comerciantes da área também estão preocupados com a chegada do verão e, consequentemente, as fortes chuvas que acompanham a estação, quando haverá um risco maior de desabamento do restante do prédio. Um perigo para quem ainda se aventura a passar pelo trecho interditado.
- A verdade é que todo o imbróglio relacionado à questão envolve diferentes instituições, a principal delas o próprio Ministério Público, e não apenas o Coppam. A responsabilização da família precisa ser um dos pilares da resolução da questão, mas a principal delas passa pela realização de intervenções urgentes no que restou daquele patrimônio. Nesse sentido é necessária uma importante reforma nos mecanismos legais de atuação para casos como esse - destaca Rafaela.
De acordo com a historiadora, há de ter exceção quando o que está em risco é o patrimônio. "Ainda estamos discutindo, passado um ano, sobre desapropriação, responsabilidade sobre a recuperação e assim vai e, enquanto isso, a situação só piora a cada dia. Novamente, o patrimônio exige o emprego de situações de exceção", conclui.
A Folha não conseguiu contato com os herdeiros do imóvel.

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