A capacitação foi destinada especificamente aos servidores da área da Saúde, Educação e Desenvolvimento do município. Assim, eles receberam informações sobre como melhor atender a essa população, que são de diferentes países, principalmente da América do Sul, como Venezuela, Colômbia e Argentina. As orientações foram sobre os conceitos de migração e refugiados, a saúde desse grupo, além de informações sobre o enfretamento ao tráfico de pessoas e trabalho escravo.
Promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social por meio da Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a ação foi em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Ministério da Saúde e Cáritas, que é uma confederação de 165 organizações humanitárias da Igreja Católica que atua na defesa de direitos humanos.
De acordo com Neilda Alves, gerente de Promoção da Igualdade Racial da SIRDH, os profissionais acabam tendo um grande desafio no atendimento a esse público, já que é uma população que possui demandas diferentes. “São pessoas de diferentes países e de diferentes costumes. Com a capacitação, o profissional que trabalha na ponta consegue ter uma condição melhor de passar informações precisas no contexto da vida desses migrantes e refugiados de acordo com as demandas que eles apresentam”, pontuou.
De acordo com Lilian Cardoso, representante da Secretaria de Estado de Saúde, a ação conjunta entre estado e município faz com que o atendimento aos refugiados tenha mais qualidade “A nossa intenção é fazer com que os servidores municipais não se sintam sozinhos nesse acolhimento aos refugiados, porque o Estado do Rio tem um comitê próprio de saúde que abrange os refugiados. Então, a gente como Secretaria de Estado de Saúde está trazendo essa capacitação para que os profissionais de saúde se qualifiquem nesse atendimento e para que os refugiados tenham um serviço de qualidade”, disse.
A venezuelana Flor Yanes, de 22 anos, está morando em Campos e participou da ação. “Aqui, a gente tem possibilidade de regularizar a nossa documentação e conseguir um emprego, já que a cidade mostra que pode nos ajudar. Como o nosso país está passando por uma crise, essa foi a nossa melhor opção. Acredito que vamos ser bem atendidos. ’, disse a venezuelana
“Estar aqui é muito bom, porque eu consigo saber sobre os direitos e serviços que eu posso usufruir. Além disso, eu ficarei ciente sobre o meu papel como cidadã de Campos”, disse a venezuelana e dona de casa Angélica Adames Marapacuto.