A companhia aérea Azul confirmou, nessa sexta-feira (5), que vai manter os voos de Campos e de Macaé para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. De acordo com a empresa, a decisão foi tomada após um encontro intermediado pelo ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. A Azul havia anunciado, em junho, a substituição da rota direta do Norte Fluminense à capital por um voo para Campinas (SP) e de lá para conexões ao Rio e outras cidades, a partir de 8 de agosto, o que gerou preocupação e reação de diversas entidades representativas e políticos. A informação foi divulgada pelo blog
Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa, na Folha 1.
“A reunião contou com a presença do diretor de Relações Institucionais da companhia, Fábio Campos, e o secretário de estado da Casa Civil do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, e a equipe do senador Carlos Portinho, na capital carioca. Mais informações serão divulgadas em um momento oportuno”, informou, em nota, a Azul.
A manutenção das rotas já havia sido divulgada, nessa quinta-feira (4), pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ) em seu Twitter, em uma postagem com um vídeo do ministro Marcelo Sampaio. “Vamos manter os voos dos Santos Dumont de Campos e Macaé. A gente viu circulando que ia parar, pelo contrário, estamos conversando com o governo do Estado, senadores, Câmara Federal, Assembleia e as companhias aéreas, vamos manter e ampliar essa rede”, disse o ministro.
No site da Azul, os voos diretos já estão novamente disponíveis para compra de passagens.
Foi fundamental para a mudança de decisão da Azul a atuação política do senador Carlos Portinho, do deputado federal Christino Áureo (PP-RJ), do presidente da Alerj, André Ceciliano (PT-RJ), dos prefeitos das cidades e das entidadades, como a Firjan, CDL, ACRJ, Fecomércio e Rio Indústria.
Segundo o deputado federal Christino Áureo, os voos da Azul ligando o Santos Dumont a Macaé e Campos são fundamentais. Ele lembra que esses voos também movimentam os aeroportos regionais que também tiveram lutas travadas para receber melhorias como o de Macaé e, por isso, precisa ter uma escala regular e manter a movimentação. Assim como Campos, que também passou por investimentos.
— Então, não faz nenhum sentido, essa região que é a maior produtora de óleo e gás do Brasil, uma das maiores regiões produtoras do planeta, não ter uma linha (aérea) regional ligando seus aeroportos regionais à capital. Esse trabalho junto ao presidente da Anac (Luiz Ricardo Nascimento) foi fundamental para fazer com que ele se convencesse de que a companhia tem que olhar não só para sua conveniência imediata, ela tem que fazer as mesmas apostas que os governos fazem quando investem. Tudo que fizermos, como incentivos para o setor aéreo, inclusive, redução tributo dos combustíveis, de alguma maneira tem que ser retribuído, fazendo com que rotas de interesse do desenvolvimento sejam mantidas — disse Christino Áureo.
O parlamentar também lembrou a união de forças que levaram a essa notícia do próprio ministro Marcelo Sampaio: “É preciso destacar, também, o empenho da deputada federal Clarissa Garotinho, André Ceciliano, senador Carlos Portinho e tantos outros que a gente pode arregimentar forças para poder conseguir esse objetivo”.