*Edgar Vianna de Andrade
- Atualizado em 26/03/2025 09:59
Reprodução
A animação, no cinema, começou com desenhos feitos à mão, um por um, e colocados em sequência como num filme. O grande primeiro passo foi dado por Winsor Maccay, no início do século XX, com suas histórias irreverentes. Disney seguiu a trilha, mas a tornou comercial. Para o grande empresário que irá se tornar, Disney usava ainda a técnica do desenho manual, mas reduziu muito da sua produção a movimentos binários. Claro que teve pontos altos, com “Fantasia” e “Alice no país das maravilhas”. Entrou na linha de agradar o público com histórias românticas e melosas.
Com a animação por computação gráfica, os desenhos tornaram-se muito convencionais, com notáveis exceções. Os roteiros ganharam maneirismos. As personagens precisam fazer gracinhas, falar com gírias, contar a mesma história de modo diferente. No entanto, essas superproduções passaram a dominar o mercado. Os estúdios Disney colhem mitos e contos no mundo todo, batem-no no liquidificador estadunidense e os servem ao mundo todo.
Ao Oscar de 2025, concorreram animações concebidas no padrão Disney, como “Divertida Mente 2” e “Robô Selvagem”. “Divertidamente foi recebido com palmas pela crítica. Por fora, corria Flow, animação singela produzida pelo letoniano Gints Zilbalodis, com roteiro dele e de Matss Kaa. Para tanto, usou-se um programa de computador que captura corpos em movimento. Trata-se de um filme de animação apocalíptico. Não aparecem seres humanos. Apenas animais. Eles não falam como nós. O mundo foi invadido por água, provavelmente provocada pela elevação do nível do mar. Os humanos deixam apenas sua pegada, como uma cidade abandonada, por exemplo.
O gato é a personagem central do enredo. O programa de computação capturou o comportamento corporal do felino. Ele se expõe à luz do dia, esconde-se, foge, dorme, ronrona. A etologia da espécie é bastante fiel na animação. Observei apenas que gatos não fazem ruídos com o contato das patas em qualquer superfície. As pupilas de seus olhos crescem no escuro e se reduzem na luz.
Embora se procure mostrar na animação a surpresa dos animais diante da mudança drástica do ambiente, eles são humanizados. Espécies diferentes e até estranhas ao ambiente em que se movimenta a animação, suspendem sua animosidade natural para trabalhar em conjunto. Cães continuam a farejar o rabo quando se encontram. Mas gatos não mergulham para pescar. Aves não seguram lemes para guiar barcos.
Porém uma animação, por mais naturalista que seja, talvez não possa abandonar de todo um certo toque antropomórfico, em nome da comunicação com o público. As animações, por mais realistas que sejam, buscam tocar o espectador. Significativo a meus olhos é que uma produção relativamente barata, usando uma linguagem simples e quase naturalista, tenha superado o elogiado “Divertida Mente 2” e “Robô Selvagem”.
O cinema é uma arte sempre aberta à criatividade, embora o público se acomode com as facilidades do cotidiano.
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