Unidade do Parque Estadual da Lagoa do Açu completa 12 anos nesta quinta
- Atualizado em 20/03/2025 09:25
Prática de esportes
Prática de esportes / Divulgação
O Parque Estadual da Lagoa do Açu, unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e localizado no Norte Fluminense, completa 12 anos nesta quinta-feira (20). A área, com 8.276 hectares de Mata Atlântica, abriga uma rica diversidade biológica: extensa vegetação de restinga e 240 espécies de aves, que migram passando pela localidade. O Parque também é muito procurado pelos visitantes para a prática de esportes, como canoagem, stand up paddle e surf.

A unidade aindaabriga riquezas que contam a história do Brasil, como os marcos jesuítas. A região do Farol de São Thomé, no município de Campos, guarda um passado colonial que ainda resiste. Esta área, que integra a antiga Capitania Hereditária de São Thomé, foi palco de missões religiosas conduzidas pelos jesuítas no século XVI.
Marco jesuítas e o gestor do Parque Estadual da Lagoa do Açu, Samir Mansur
Marco jesuítas e o gestor do Parque Estadual da Lagoa do Açu, Samir Mansur / Divulgação
 
Hoje, parte desse legado permanece vivo dentro dos limites e proximidade do Parque Estadual da Lagoa do Açu, onde pode-se observar vestígios das ações jesuíticas. Entre os 10 marcos deixados pelos jesuítas, destacam-se as pedras gravadas com cruzes e inscrições, que eram usadas como referência geográfica, delimitação territorial, ou mesmo como forma de evangelização simbólica.

No território onde hoje se encontra o Parque Estadual da Lagoa do Açu, muitos desses marcos jesuítas foram preservados ao longo dos séculos e hoje há trilhas para que os turistas venham conhecer esses lugares históricos.

Outra riqueza histórica presente no parque pode ser observada na Lagoa Salgada: são os estromatólitos, estruturas que são semelhantes aos mais antigos registros de vida macroscópica na Terra e que podem ser vistos a olho nu.

A existência dos estromatólitos na localidade tem uma explicação: a Lagoa Salgada oferece um ambiente propício para o crescimento de micro-organismos responsáveis pela formação dos estromatólitos. Além de serem observados no Brasil (Rio de Janeiro), esses seres vivos só podem ser encontrados em outros três países: Austrália, México e Bahamas.

-Além dos atrativos para o lazer, o parque também oferece aos visitantes toda essa riqueza cultural que o tempo não apagou - ressaltou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

Sobre o parque

O Parque Estadual da Lagoa do Açu abrange parte dos municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra. Estudos foram desenvolvidos por pesquisadores nacionais e estrangeiros, tendo como proposta a criação dessa unidade de conservação, com o intuito de preservar os ecossistemas de manguezais, restingas, praias, dunas, lagunas, lagoas e áreas úmidas.

Atrativos

A Ponte Maria da Rosa é uma área bastante frequentada na Lagoa do Açu por banhistas e praticantes de caiaque e Stand Up Paddle, pois é de fácil acesso. Com água em temperatura agradável e com uma beleza sem igual, o local é cercado por vegetação nativa. A Ponte da Maria da Rosa possui a área de mangue mais preservada do parque.

Para os amantes da prática de surfe, a localidade conhecida como “A Última Opção Surf Point” é uma área bastante procurada. Um local com ondas constantes e ideais para a prática de esportes como surf e bodyboarding.

Trilha da praia

Trilha mais procurada por visitantes e foi implementada com apoio de parceiros do parque. O percurso passa por toda a vegetação de restinga, e termina no núcleo Recanto da Lagoa onde o visitante pode se banhar. Ali será construída a nova sede do parque.


Projeto Tamar

Na área do parque ocorre todos os anos de setembro a março o período de desova de tartarugas marinhas. A base do Projeto Tamar (de conservação marinha), na Bacia de Campos, monitora 99 km de praias, nos municípios de Campos dos Goytacazes, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana. Durante a temporada, os visitantes podem participar da soltura de filhotes no Farol de São Thomé, em área do parque.

Trilha do Tamanduá

A grande quantidade de registros de tamanduás nessa região fez com que a trilha ganhasse esse nome. Nesta trilha é possível observar a vegetação herbácea, vegetação arbustiva e a floresta baixa de restinga. O percurso possui 2,5 km de extensão, com duração estimada de 2 horas e considerada de grau leve.


Serviço:
Visitação: de domingo a domingo, das 8h às 17h
Contato: (22) 98186 0060
Entrada Gratuita!
Informações: assessoria do Inea

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