
“Vermelho” remete a recordações de Graziela dos Anjos, ainda menina da Baixada Campista, que acompanhou a busca de um mulher desaparecida, a notícia fatídica da sua morte, o encontro do corpo em um matagal e um cortejo fúnebreassistido da porta de casa, depois de 23 anos. Com recursos da Lei de incentivo Paulo Gustavo, potencial após premiação em festival na CAL, o roteiro do filme, de mesmo nome, começou a ser desenvolvido. Graziela não está sozinha, tem como parceiras no projeto Samila Jabor, Juliana Abreu, Caroline Marques e Isabele Moraes, além de Josiane Morumbi que é subsecretaria Municipal de Políticas para Mulheres.
“O projeto alémdo ocorrido em Tocós há 23, teremos ainda esse manifesto do dia 12, esse chamamento público para a escadaria da Câmara. Estamos convidando as mulheres a ocupar o seu lugar no enfrentamento à violência contra todas nós. Que elas vistam blusas brancas simbolizando paz”, convida Graziela.
Ela explica que no processo de construção da obra “Vermelho”, e sua transformação para a cena audiovisual sua pesquisa foi intensificada e a conclusão, pontua, é que enquanto não nósmulheres ocupamos nossos lugares vamos continuar sendo vítimasde extermínio femino, que transpõem os séculos, dias e vem passando de gerações. A escolha da Câmara para o manifesto tem um objetivo, garante:
- Naescadaria da Câmara, porque lá é lugar que se faz projetos de leis, Casa que tem que olhar para o cidadão no seu todo. Nós mulheres pagamos nossos impostos e merecemos respeito.
A Construção de um memorial para mulheres vítimas de violência em Campos também está no roteiro do filme “Vermelho”. O local, em forma de projeto de lei, é um jardim de lírios da paz no Centro de Atendimento às Mulheres (Ceam), no município.
“O Memorial Lírios da Paz Maria do Carmo de Souza seráuma homenagem a minha avó, que também foi a mãe que me criou. Maria do Carmo de Souza é uma resistente no cenário da violência doméstica, que não aceitou passar por violência e se separou do meu avô. Em Tocos, conhecidacomo Maria do Bar, ela abriu esse comércio, espaço nunca imaginado para uma mulher. No decorrer de mais de 30 anos, apoiou muitas mulheres, sofreu preconceito, assim como filhas e netas. O bar tocou até 2018. Falecida há 7 meses, Maria do Bar, minha vó-mãe, se torna ícone de empoderamento e meu exemplo”, conta dos Anjos.
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