Folha Letras - Homenagem a Vilmar Rangel
No dia 21 de novembro de 2024, Campos perdeu um dos maiores nomes de sua literatura e de seu jornalismo. Poeta de notável sensibilidade, Vilmar Rangel marcou época na cultura de Campos por sua participação no movimento literário que pode ser considerado o modernismo campista, por meio da fundação do Clube de Poesia de Campos, em março de 1954. Como jornalista, trabalhou na redação de diversos jornais e se tornou referência por sua pesquisa e por sua oratória. Vilmar deixa um legado de profundo amor pela cultura campista, o que evidencia sua importância enquanto um dos maiores poetas da história deste município.
Abaixo, reproduzimos uma breve biografia do último ocupante da cadeira n. 25 da Academia Campista de Letras (ACL). O texto foi extraído, na íntegra, do site oficial da instituição:
Vilmar Ferreira Rangel nasceu em Campos dos Goytacazes no dia 13 de março de 1937, filho de Vicente Marins Rangel e Maria Ferreira Marins.
Cursou o primário no Colégio Eucarístico, o ginásio no Ginásio São Salvador, o científico no Colégio Batista Fluminense e no Colégio Felisberto de Menezes (este último no antigo estado da Guanabara) e graduou-se em Direito na Faculdade de Direito de Campos.
Foi jornalista, relações públicas, agenciador de propaganda e funcionário público federal, função na qual se aposentou.
Ao longo da carreira, exerceu a função de oficial administrativo da E.C.T, as-sessor de imprensa da Coperflu e da Cooperleite, além de professor de cursos de Comunicação Social na Faculdade de Filosofia de Campos (atual UNIFLU), no Sesc e no Senac.
Foi o primeiro sócio eleito da Academia Pedralva Letras e Artes, aos 15 anos de idade, em 1952; foi sócio fundadordo núcleo de Campos da União Brasileira de Escritores (UBE); foi sócio fundador do Clube de Poesia de Campos; e foi sócio da Associação de Imprensa Campista (AIC). Foi também diretor do Orfeão de Santa Cecília e um dos membros fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de Campos (2014).
No ano 2000, tomou posse na cadeira n. 25 da Academia Campista de Letras, cujo patrono é Júlio Feydit.
Lançou, com os poetas Joel Ferreira Mello e Amaro Prata Tavares, em 1958, o movimento “Sintetismo Espácio-Temporal”, na linha do neoconcretismo.
No ano 2000, tomou posse na cadeira n. 25 da Academia Campista de Letras, cujo patrono é Júlio Feydit.
Lançou, com os poetas Joel Ferreira Mello e Amaro Prata Tavares, em 1958, o movimento “Sintetismo Espácio-Temporal”, na linha do neoconcretismo.
Foi um dos fundadores e presidiu a Câmara Junior de Campos, instituição que fundou o Clube de Diretores Lojistas de Campos (1963) – atual Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL) - e a Associação de Proteção e Orientação dos Excepcionais de Campos (APOE).
Atuou como repórter, locutor, noticiarista e produtor nas rádios Cultura, Continental, Campista Afonsiana e Campos Difusora.
Como repórter profissional, atuou nos jornais “Folha do Povo” e “Folha do Comércio”, além de ter sido editor geral do jornal “Monitor Campista”. Foi também diretor da sucursal de Campos de “O Fluminense”. Como colaborador, publicou crônicas e artigos durante vários anos nos jornais “A Notícia”, “O Dia”, “Monitor Campista”, “Segunda-feira”, “A Cidade” e “Folha do Comércio”. Exerceu, ainda, a função de diretor do suplemento literário do jornal “Folha do Povo” (décadas de 1950 e 1960), periódico no qual também atuou como crítico de cinema (1961-1962).
Dentre suas obras publicadas, constam “Distâncias” (1953), “Quatro poemas de amor para uma noiva” (1959), “Alumbramento” (2000) e “Dança entre dorsos tensos” (2009), além de inúmeras publicações em coletâneas, revistas e jornais.
Venceu o prêmio “Almir Soares”, da Academia Pedralva Letras e Artes, por três anos consecutivos, com crônicas e poemas autorais. Recebeu o Troféu Nicolau Louzada, no Projeto “Ouro da Terra”, outorgado pela Fundação Teatro Municipal Trianon, em 2007; recebeu a Medalha Construtor do Desenvolvimento Regional, outorgada pela Representação Norte Fluminense da FIRJAN, em 2006; recebeu a Ordem Municipal do Mérito, outorgada pela Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, em 2000; e recebeu o Prêmio de Cultura Alberto Lamego, outorgado pelo Conselho Municipal de Cultura de Campos dos Goytacazes, em 2014.
Exerceu, ainda, atividades como pes-quisador e ativista cultural, dedicando-se especialmente à recuperação e à pre-servação dos monumentos, bustos, hermas e marcos do município de Campos.
Veio a falecer na manhã do dia 21 de novembro de 2024 em decorrência do agravamento de problemas de saúde, aos 87 anos.
Fontes: Obras do autor; Blog Autores Campistas; Portal da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes; e Jornal Folha da Manhã.