Folha dá um show de cobertura nos desfiles das escolas de samba do Rio
- Atualizado em 21/02/2023 16:38
 
Durante os quatro dias de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, na Marquês de Sapucaí, o Grupo Folha realizou, pela quarta edição consecutiva, a cobertura in loco da Série Ouro e do Grupo Especial. O professor e pesquisador de cultura popular Marcelo Sampaio é o responsável por fazer as análises das escolas que passam pela Marquês de Sapucaí. Nessa segunda-feira (20), encerrando o Carnaval, desfilaram Paraíso do Tuiuti, Portela, Unidos de Vila Isabel, Imperatriz Leopoldinense, Beija-Flor de Nilópolis e Unidos do Viradouro.
Paraíso do Tuiuti: Escola abriu a noite contando a história dos búfalos da Ilha de Marajó, no Pará, com o enredo “Mogangueiro da cara preta” da dupla de carnavalescos formada por Rosa Magalhães e João Victor Araújo.

Nele a experiência dela junto com a juventude dele mostraram a grande reverência do povo, desta que é a maior ilha fluvial do mundo, por estes animais.

A escola apresentou um lindo conjunto visual com cores de extremo bom gosto e o samba composto por Moacyr Luz e seus parceiros ficou muito bom na voz do genial Wander Pires e na firme bateria comandada pelo mestre Marcão. Fez um desfile arrojado e que sacudiu o público!
Portela: Escola festejou na avenida o seu centenário através do enredo “O azul que vem do infinito” do casal de carnavalescos Renato Lage e Márcia.

Contaram a história a partir do olhar de cinco baluartes portelenses que são Paulo da Portela, Tia Dodô, Natal da Portela, David Corrêa e Mestre Monarco.

A escola fez um desfile emocionado e emocionante embalado pela voz do intérprete Gilsinho e pelo ritmo da bateria comandada pelo mestre Nilo Sérgio. A águia do abre-alas estava lindíssima e o refrão do samba comoveu todo mundo, “Cavaco e viola… a velha linhagem, A benção Monarco pra essa homenagem, O céu de Madureira é mais bonito, Te amo Portela além do infinito”!
Unidos de Vila Isabel: “incendiou” a avenida com o enredo “Nessa festa, eu levo fé!” do carnavalesco Paulo Barros inspirado nas comemorações divinas e populares.

Com ele a azul-e-branco do bairro de Noel Rosa trouxe para a pista uma verdadeira ode à alegria embalada pelo ritmo contagiante dos ritmistas comandados pelo mestre Macaco Branco.

A escola mostrou efeitos especiais interessantíssimos como mulheres flutuando na comissão de frente, casal de mestre-sala e porta-bandeira trocando de roupas em público e carros alegóricos gigantescos com ousadas engenharias!
Beija-Flor: Escola mais uma vez deu voz aos excluídos levando para a avenida o enredo “Brava gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência”.

Os carnavalescos Alexandre Louzada e André Rodrigues fizeram do desfile um grande e para lá de necessário ato político-carnavalesco.

A escola mostrou a garra de sempre embalada pelo canto do intérprete Neguinho da Beija-Flor e a bateria vibrante comandada pelos mestres Rodney e Plínio; sem falar na presença marcante de Claudinho e Selminha Sorriso, seu primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Lamentável o princípio de incêndio no abre-alas e desnecessário foi Ludmilla cantando o samba também no carro de som!
Unidos do Viradouro: Escola resgatou a saga mística de Rosa Maria Egpicíaca da Vera Cruz, primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil.

No enredo “Rosa Maria Egipcíaca” o carnavalesco Tarcísio Zanon enfocou elementos ancestrais e espirituais muito relevantes na vida dela.

A escola mostrou de novo dominar a avenida alicerçada no excelente intérprete Zé Paulo Sierra e na cadenciada bateria comandada pelo mestre Ciça!
Fotos: Marcelo Sampaio
 

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