História dos blogs

Dos clássicos weblogs às blogueirinhas virando gíria, é virtualmente impossível ter transitado pela internet nos últimos 20 anos sem ter tido contato com blogs em alguma de suas concepções. Febre no início dos anos 2000, o formato blog pode até ter passado por uma fase menos popular, mas jamais foi deixado de lado, evoluindo e se moldando às novas necessidades do ambiente online.

Quem foi o criador do blog?
Coincidência ou não, o primeiro blog da internet foi criado por um brasileiro. Em 1994, o cientista do MIT Media Lab, Claudio Pinhanez, criou um site chamado “Open Diary” (“diário aberto”, em tradução literal), onde dividia um pouco de seu dia a dia e o conteúdo do blog eram suas viagens, filmes… enfim, coisas que ele considerava relevantes, tornando aquela página um local para expressar sua opinião e documentar a sua vida.

No mesmo ano surgiu o Links.net, criado por um estudante americano chamado Justin Hall, que tinha basicamente o mesmo papel: falar sobre coisas do seu interesse, dos mais diversos temas. Desde dicas de HTML até músicas e conselhos sobre relacionamentos.

O nome, contudo, só foi cunhado três anos mais tarde. “Weblog”, que pode ser traduzido como “diário de bordo da web”, já explica bem a natureza dos blogs, que surgiram como registros do dia a dia. Onde as pessoas sem qualquer experiência em programação podiam publicar seus posts, bem como ler e comentar publicações de outros membros.

Com a familiaridade, vem também a intimidade. Surgiu o apelido “blog”, mas curto e simples, e “weblog” foi ressignificado como o verbo “we blog”, “nós blogamos”, em tradução livre.
Eram blogs que funcionavam como páginas pessoais, altamente personalizáveis, especialmente para a época. E o objetivo era funcionar como um diário online onde as pessoas postavam fotos, textos, músicas… enfim, o que elas quisessem.

Quem estava na internet quando tudo por aqui ainda era mato, provavelmente ouviu falar no Blogger — ou, como muita gente chegou a chamar por aqui, Blogspot. Desenvolvido inicialmente como um serviço comercial, o Blogger foi comprado pelo Google em 2003, que difundiu a plataforma globalmente, com acesso gratuito. Blogar agora não apenas era ação, como estava ao alcance de virtualmente qualquer pessoa com acesso à internet.

É nesse movimento de expansão dos blogs que muito da internet como conhecemos se fundamenta. A estrutura de uma rede onde usuários podem postar suas ideias, e ainda ler e comentar as de outros é um dos alicerces principais das nossas redes sociais até hoje.

No lado menos pessoal da moeda, veículos de notícias e crítica especializada também entraram nessa seara, aderindo ao modelo de blogs para veicular seu conteúdo. As fronteiras da blogosfera se expandiam no mesmo ritmo intenso da própria internet que, cada vez menos anárquica, se adequava a formatos monetizáveis.

Só pra registar... (As redes sociais não eram canais populares ainda — o My Space só foi criado em 2003, o Orkut em 2004 e o Twitter em 2006)

Foi nesse movimento que o formato blog começou a encontrar seus primeiros problemas mais sérios. Jornais consolidados, que se viam perdendo espaço para o conteúdo acessível de blogs, começaram a combater ativamente as plataformas. O jornal Estadão, à época mais conhecido como Estado de São Paulo, chegou a lançar uma campanha em 2007 que alertava contra os perigos de se consumir conteúdo sem poder verificar a idoneidade da fonte. Ainda que as razões fossem essencialmente comerciais, hoje, 15 anos mais tarde, é possível ver as proporções que esse risco tomou.

Se por um lado blogs davam — e dão — voz a qualquer pessoa, o que em tese torna o espaço online mais democrático, existe sim uma distância imensa entre um diário pessoal e uma fonte de notícias ou informações. De quebra, o avanço das redes sociais, das conexões de internet cada vez mais velozes e da tecnologia para smartphones, acabou promovendo outros formatos de conteúdo. O dia passou a ser curto para textos longos; não à toa, qualquer post com alguns parágrafos já é notoriamente reconhecido como um “textão”. Sem muito alarde, a era de ouro dos blogs foi chegando ao fim. Diversas plataformas se mantiveram online, outras foram encerradas, mas o uso amplo e popular dos blogs como diários online nunca mais foi o mesmo.

Os blogs também começaram a ter uma outra associação: o mundo das blogueiras.

Blogueiros e, em especial, blogueiras, não são termos que definem pessoas que escrevem em blogs. Ainda que reminiscentes dos tempos de expansão da blogosfera, essas palavras hoje falam muito mais sobre a relação entre pessoas e marcas, passando por influenciadores digitais e embaixadores.
Afinal, houve uma explosão de, em geral mulheres, que começaram a usar o canal como um portal de branding pessoal, onde discutiam sobre assuntos diversos como maquiagem, saúde, beleza e outros assuntos geralmente ligados a um lifestyle.

Surgiu também o conceito de vlog, o blog em vídeo. Com plataformas como o YouTube abrindo espaço para toda sorte de conteúdo filmado, a popularização do formato só é empecilho, hoje, para quem não se sente confortável em se colocar diante de uma câmera. Aliás, muitas delas nem precisavam ter um blog: um canal no Youtube ou uma página no Instagram para que elas se enquadrassem na categoria. O curioso nessa história é que as marcas perceberam o poder e a influências que essas blogueiras tinham com o seu público-alvo, e elas passaram a ser as novas queridinhas da publicidade.

E, embora algumas empresas não conseguiam entender a necessidade de ter um blog corporativo, um post publicado em um blog em dezembro de 2014, gerou 2 milhões de reais. Ou seja ninguém podia negar o retorno que um blog podia ter para um negócio.É difícil precisar exatamente para onde o futuro dos blogs aponta. Ainda assim, considerando sua resiliência, é bem provável que eles ainda perseverem por um bom tempo — se não em seu formato clássico, se reinventando, como é típico do ambiente online.

Por conta da popularidade da plataforma, assim como a facilidade para receber o dinheiro, é possível encontrar muitos OnlyFans famosos que criaram uma conta em 2022 e 2023 e desejam lucrar com suas fotos e vídeos.

Os famosos recebem 80% de seus ganhos com o Onlyfans, seja em assinaturas, mensagens pagas e dicas. Enquanto isso, os 20% restantes são retidos pela OnlyFans para o processamento de pagamentos, hospedagem, suporte e todos os outros serviços.Também, os pagamentos são feitos apenas em dólares americanos (USD). O preço das assinaturas varia entre USD 4,99 a USD 50.

Se você ainda tem um Blog, alimente-o! Se desafie, teste, faça coisas novas, cometa erros e os corrija rápido o suficiente para aprender, tirar as coisas boas e testar de novo. É um desafio diário e é o que estou tentando fazer aqui de novo! Afinal de contas ter um Blog hospedado aqui é uma responsabilidade danada!

Se você entende de tudo isso e quer sair do lugar comum, eu te aconselho a ler os nossos Blogs, folhear e ler com carinho o nosso Jornal Folha da Manhã, ouvindo a Rádio FolhaFM, dando um zapping na Plena TV.

Até a próxima!

Fonte: https://blog.gazeus.com (Liliane Reis) rockcontent.com.br; remessaonline.com.br