Odontólogos vão aderir à greve?
24/08/2019 15:51 - Atualizado em 26/08/2019 13:42
Assembleia de médicos
Assembleia de médicos
Em greve desde o último dia 7, os médicos da Saúde Pública de Campos podem ganhar companhia. Se em sua última assembleia, no dia 22, os médicos decidiram pela manutenção da paralisação, os dentistas também marcaram a sua própria assembleia para as 19h desta segunda-feira, como revelou o blog Opiniões, de Aluysio Abreu Barbosa. No auditório do edifício Connect Work Station, na rua Saldanha Marinho, 458, os odontólogos do serviço público municipal estabeleceram três pontos na pauta: 1) ponto biométrico, 2) condições de trabalho e 3) salário. No caso dos médicos, também há novidades na segunda. Às 19h, na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, como Edmundo Siqueira informou no blog Coxinha de mortadela, o Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremerj) apresentará relatórios de fiscalizações nos principais hospitais da cidade e, ainda discutir sobre a greve.
Sobre os odontólogos, se vão aderir, ou não, à greve dos médicos, é uma decisão de classe legítima, que só cabe a ele. E, diferente dos médicos — que negam ser contra a biometria —, os dentistas elencaram o ponto biométrico como primeiro item da pauta. E é aí que, a despeito da justiça de se lutar por melhores condições de trabalho e salários, a legitimidade do pleito falseia.
Um odontólogo e servidor municipal chegou a relatar nessa semana: o servidor que se nega a ter fiscalizadas suas horas de trabalho, pelas quais firmou contrato pessoal com a Prefeitura assim que se inscreveu no concurso público, tem pouca ou nenhuma diferença para o empresário corrupto que vende mil garrafas d’água ao poder público, mas só entrega 500 ao respeitável público que pagou pelas mil.
Outros se manifestaram ao blog Opiniões após a publicação sobre a assembleia. O odontólogo e servidor Beto Miranda questionou o sindicato:
— Se ele está falando por um número de dentistas do município, ok. Mas o sindicato não me representa. É no mínimo bizarro pauta de uma reunião o ponto biométrico. Com ponto ou sem ponto, o servidor tem que cumprir com sua carga horária.
Quem também comentou foi o Rafael Correa, outro dentista e servidor municipal. Ele fez questionamentos muito semelhantes à pauta estabelecida pelo sindicato, com o ponto biométrico em primeiro lugar:
— O sindicato não tem sede no município. E o presidente (Domingos C. F. Júnior) é uma pessoa de difícil acesso. Ele estabeleceu essa pauta sem ouvir o conjunto dos 450 dentistas que trabalham como servidores de Campos. As condições de trabalho e os salários defasados são, sim, pleitos da categoria. Mas não o ponto biométrico. Participo de um grupo de WhatsApp chamado “Dentistas de Campos”, que reúne entre 150 a 200 odontólogos servidores. E é uníssono: ninguém é contra a biometria, que já está funcionando há um mês. O único questionamento é a falta de orientação aos profissionais, para saberem como e onde bater o ponto. E o fato de que, pela precariedade de condições e falta de equipamentos, muitos batem o ponto, mas não têm como trabalhar.

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