O empresário Dartagnan Fernandes, presidente do Goytacaz, foi conduzido à 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), na manhã desta quinta-feira (28), após uma ação de fiscalização em postos de combustíveis de Campos, realizada pela Comissão de Saneamento Ambiental (Cosam) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Polícia Ambiental e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). As equipes visitaram três postos denunciados — dois deles pertenceriam a Dartagnan, ambos no Parque Guarus — e flagraram poluição direto no lençol freático e ao solo, ausência da licença de operação e funcionamento e falta de atendimento a notificações. Dartagnan prestou esclarecimentos acompanhado por um advogado, foi autuado (por armazenar substância tóxica perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente) e liberado, bem como uma mulher, que seria proprietária do terceiro posto, este de Travessão. Outro homem, supostamente sócio de Dartagnan, esteve em frente à delegacia, mas deixou o local antes de prestar esclarecimento.

De acordo com o coordenador da Cosam da Alerj, Gustavo Berna, os proprietários dos postos haviam recebido multa de R$ 50 mil por poluição, há um ano e meio, e não efetuaram o pagamento nem realizaram a despoluição.

— A lei não manda que ele faça uma coisa a longo prazo. É imediato. A licença, ele pode até não ter. Existem instrumentos da lei que deixam ele não ter licença, o que é um absurdo, mas tem. Mas, além da não-licença, ele deveria ter descontaminado imediatamente. Então, ele está sendo conduzido à delegacia principalmente por três crimes: poluição direta ao meio ambiente, operar sem licença e lançamento de efluentes domésticos direto no corpo hídrico — disse.

Procurada pela Folha, a assessoria do Goytacaz preferiu não se pronunciar sobre o fato, por ser algo ligado à vida particular de Dartagnan. Na delegacia, ele não quis dar entrevista à reportagem.