"A espiã" agrada público e provoca longo debate
Matheus Berriel 17/01/2019 18:38 - Atualizado em 25/01/2019 19:06
Folha da Manhã
Apresentado na noite dessa quarta-feira (16) pelo engenheiro mecânico Peter Lamers, holandês residente em Campos, o filme “A espiã” (Zwartboek, 2006) levou ao público do Cineclube Goitacá a série de tragédias enfrentadas pela personagem Rachel Stein, uma cantora judia que entrou para a resistência lutando contra a perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Um dos integrantes da plateia, o advogado e publicitário Gustavo Alejandro Oviedo, encontrou em “A Espiã”, filme dirigido pelo holandês Paul Verhoeven, muitos pontos em comum com Bastardos Inglório (Inglourious Basterds, 2009), do estadunidense Quentin Tarantino:
— É uma moça judia refugiada, envolvida numa grande tragédia. A família toda morre e ela jura vingança. É bastante parecido. Tarantino deve ter visto e se inspirado em alguma coisa para fazer o dele. É interessante também como termina o filme, com a personagem num kibutz que, na cena final, está sofrendo um ataque (dos palestinos). Ou seja, a luta dela nunca termina, ela sempre está lutando. Acho que o filme é muito feminista. Não conta nada a favor dos holandeses ou contra os alemães. Está falando sobre a história dessa mulher, fazendo tudo o que precisa para sobreviver — disse Oviedo, dialogando com a frase do subtítulo da capa original: “Se você não tem nada a perder, você está preparado para tudo”.
Peter Lamers ressaltou a veracidade de alguns fatos que basearam a obra: “Muitos detalhes realmente aconteceram. Por exemplo: depois da guerra, o povo holandês cortou os cabelos das mulheres tidas como nazistas. Isso realmente aconteceu, os holandeses realmente cortaram os cabelos dessas mulheres, para todo mundo saber que elas eram colaboradoras”.
Responsável por interpretar Rachel Stein, que durante a infiltração na inteligência alemã passou a usar o nome de Ellis de Vries, a holandesa Clarice van Houten recebeu o Bezerro de Ouro em 2017 como melhor atriz. O prêmio também foi dado ao diretor e ao filme como um todo.

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