Siciliano nega envolvimento
10/05/2018 11:01 - Atualizado em 14/05/2018 14:56
Vereador falou nessa quarta com a imprensa e destacou amizade com Marielle
Vereador falou nessa quarta com a imprensa e destacou amizade com Marielle / Divulgação
O vereador Marcello Siciliano (PHS) negou que tivesse interesse na morte da vereadora Marielle Franco (Psol), sua colega na Câmara do Rio, assassinada em 14 de março passado no centro da cidade. Siciliano foi citado em matéria do jornal O Globo como alvo de um delator à polícia, que teria fornecido detalhes de sua ligação com um miliciano, conhecido como Orlando da Curicica, atualmente preso, e que teriam combinado a morte da parlamentar. Nessa quarta-feira (9), Marcello concedeu entrevista coletiva e disse ser mentirosa a acusação de seu envolvimento na morte da vereadora Marielle.
Também nessa quarta, a Polícia Civil ofereceu proteção à testemunha que aponta envolvimento do vereador no caso. O delator já aceitou a oferta e já está sob os cuidados da polícia. Segundo informações da PC, a testemunha será levada para local seguro.
Siciliano se manifestou desde que a informação foi divulgada pelo site do jornal O Globo. Em nota da sua assessoria, o vereador disse estar revoltado com a acusação, ressaltando, inclusive, manter amizade com Marielle, com quem teria assinado projetos de lei em conjunto. Na coletiva de quarta, ele reforçou relação de amizade com a vereadora assassinada:
— Gostaria de esclarecer, antes de mais nada, a minha surpresa com relação ao que aconteceu ontem (terça). A minha relação com a Marielle era muito boa, não estou entendendo por que esse factoide foi criado contra a minha pessoa.
O vereador também negou conflitos com Marielle. “Estou sendo massacrado nas redes sociais por algo que foi dito por uma pessoa que a gente não sabe nem a credibilidade que tem. Nunca tivemos conflito político em região alguma. Ela esteve no meu aniversário. Em Curicica, eu não tive muitos votos”, garantiu Siciliano.
Segundo a reportagem de O Globo, o delator afirmou que Marielle estaria contrariando interesses políticos de Siciliano na Cidade de Deus, na zona oeste. O delator teria trabalhado para a milícia, mas decidiu revelar o que sabia à polícia em troca de proteção. Um dos colaboradores de Siciliano, Alexandre Pereira, foi morto na noite de 8 de abril, na Taquara, zona oeste, dois dias depois de o vereador prestar depoimento à Delegacia de Homicídios. Marcello aproveitou a coletiva para dizer que não acredita que a morte de seu colaborador tenha a ver com a morte de Marielle, como uma possível “queima de arquivo”.
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos na noite de 14 de março, no bairro do Estácio.
Em entrevista à Folha no dia 10 de abril, o deputado federal Chico Alencar (Psol) falou sobre um limite para conclusão do caso Marielle. Ele tomou como base os 60 dias da investigação em que foram apresentados pelas autoridades os envolvidos no crime contra a juíza Patrícia Acioli, em 2011. No caso da vereadora, foi o jornal carioca que apontou um suposto suspeito a cinco dias do prazo estipulado por Chico. (A.N.)

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