Com rejeição no TCE, busca por "culpados"
Arnado Neto 29/03/2018 10:38 - Atualizado em 31/03/2018 16:53
Casal Garotinho
Casal Garotinho / Folha da Manhã
No dia seguinte à decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, que por unanimidade reprovou as contas de 2016 da gestão Rosinha Garotinho, coube ao marido dela a missão de encontrar “culpados”. Em seu blog, Anthony Garotinho afirmou que “a Prefeitura de Campos, cujo governo atual, de Rafael Diniz, é de oposição odiosa ao nosso grupo político, prestou informações ao TCE incompletas e erradas”. Já a secretária da Transparência e Controle Marcilene Daflon observa que “toda a documentação apresentada na prestação de contas foi a encontrada na contabilidade da Prefeitura de Campos, em janeiro de 2017, e refere-se à execução orçamentária ocorrida durante o ano de 2016”.
— Ficou notório para a população de Campos todo o ocorrido quando várias empresas ficaram com recursos a receber na municipalidade, causando grandes transtornos para as empresas e para a população em geral. A ex-prefeita teve direito de apresentar defesa quanto ao parecer prévio, mas conforme o próprio TCE, a mesma não apresentou nenhuma comprovação de que as irregularidades apontadas pelo corpo técnico estivessem erradas — afirmou Marcilene.
De acordo com Garotinho, Rosinha luta para “corrigir essa injustiça”. A publicação do político da Lapa destaca que a ex-prefeita não foi citada pessoalmente para prestar as informações. Na sessão do TCE a relatora do processo, a conselheira substituta Andrea Siqueira Martins, ressaltou que a defesa da ex-prefeita tentou retirar o processo da pauta. O pedido foi apresentado pelo advogado Matheus da Silva José, ex-procurador de Campos, mas foi indeferido.
A decisão do TCE apontou sete irregularidades, entre elas um déficit superior a R$ 220 milhões e a irregular utilização do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Foi a primeira vez que o TCE reprovou as contas da ex-prefeita, que ficou oito anos à frente do cargo em Campos. Foi também a primeira vez que a decisão partiu do corpo técnico do colegiado, já que a maior parte dos conselheiros está afastada após ter sido presa na operação O Quinto d’Ouro. A ação foi deflagrada a partir da delação do ex-presidente da Corte de Contas Jonas Lopes de Carvalho — que chegou à Corte de Contas por indicação, em 2000, do então governador Anthony Garotinho — e do filho dele, o advogado Jonas Lopes Neto. 

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