Machadada: decisão não altera eleição
Arnaldo Neto 07/03/2018 21:38 - Atualizado em 12/03/2018 15:57
Réus em investigação de abuso de poder e corrupção
Réus em investigação de abuso de poder e corrupção / Divulgação
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) originada da operação Machadada agora tem um desfecho em segunda instância. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) desproveu nessa quarta-feira, por unanimidade, os embargos de declaração, mantendo a integra da decisão proferida pela Corte em agosto do ano passado, com a condenação da prefeita Carla Machado (PP), do vice Alexandre Rosa (PRB), do ex-prefeito Neco (PMDB) e do vereador Alex Firme (PP). Eles ficam inelegíveis por oito anos, a contar de 2012. No entanto, não há alteração no resultado do último pleito.
A Machadada continua a tramitar, já que cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, como já foram condenados por colegiado, os réus não podem, por ora, concorrer a cargos eletivos nos pleitos de 2018 e 2020.
Deflagrada em 3 de outubro de 2012, a Machada apurou irregularidades no pleito em que Carla Machado, de volta ao cargo desde janeiro de 2017, apoiou como seu sucessor o então vereador Neco, que tinha como vice o também vereador Alexandre Rosa. Já Alex disputou o cargo de vereador. Todos foram eleitos. O grupo político foi denunciado por abuso de poder e cooptação ilícita de nomes da oposição, oferecendo vantagens financeiras indevidas e cargos na administração pública municipal.
Ao sair de um comício, na madrugada em que foi deflagrada a Machadada, Carla e Alexandre chegaram a ser presos pela Polícia Federal. Eles foram liberados após pagamento de fiança. A denúncia foi impetrada pelo Partido da República, a coligação “São João da Barra vai mudar para melhor” e o então candidato a prefeito Betinho Dauaire (PR).
Nas mudanças do cenário político, Carla se tornou adversária política do ex-prefeito Neco. Alexandre, que era vice, acompanhou o grupo de Carla e acabou reeleito para o cargo na chapa encabeçado por ela. Alex, que chegou a ser líder do governo Neco, também voltou a ser aliado de Carla. A separação política dos réus no curso das audiências da Machadada, porém, não livrou nenhum deles da condenação. Só quem acabou inocentado, já na primeira instância, foi Renato Timotheo, candidato a vereador em 2012, que hoje integra o estafe administrativo de Carla Machado.

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