Chuva desaloja famílias no Parque Aurora
Julia Beraldi 31/01/2018 14:42 - Atualizado em 01/02/2018 15:20
Casas foram inundadas pela chuva
Casas foram inundadas pela chuva / Paulo Pinheiro
Sem perspectiva de melhora, moradores da travessa Luiz Martins, no Parque Aurora, relatam o sofrimento de ter que sair de casa apenas com a roupa do corpo, deixando para trás os pertences conquistados durante a vida. O local foi um dos pontos afetados pela chuva que chegou a Campos na segunda-feira (29). De acordo com a Prefeitura de Campos, apenas em 24 horas – das 7h de terça-feira (30) às 7h desta quarta (31) — Campos registrou 111,2mm de chuva na margem direita do rio Paraíba do Sul. Para esta quarta-feira, a previsão do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é de chuva moderada a forte em toda região Norte Fluminense.
Cláudia Coutinho, que mora na travessa Luiz Martins há apenas três dias e perdeu diversos pertences na primeira chuva forte, explica que quando se mudou não foi avisada do perigo de enchente. “É a primeira vez que acontece isso comigo, eu estava em casa com as minhas filhas quando a água começou a subir e fomos nos abrigar na casa da minha irmã, mesmo assim quando saímos já estávamos com a água no joelho”.
Já para Jurema Maciel, de 56 anos, esse é um problema conhecido. Ela mora no local há 23 anos e presenciou a mesma situação outras vezes. “Isso é uma tristeza muito grande, perdemos vários móveis e estamos rezando para não ter perdido nosso carro também”. Jurema mora com o marido de 64 anos, que é um comerciante conhecido no local. Ao amanhecer, o minimercado do idoso estava irreconhecível. O casal teve que ir às pressas para a casa do filho, em Guarus.
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Durante a chuva mais intensa, vários pontos de alagamento foram registrados na cidade, até mesmo a elevação do nível do Canal de Tócos, no Parque Aurora. Segundo o diretor executivo da coordenadoria municipal da Defesa Civil, major Edison Pessanha, desde a 00h desta quarta-feira, equipes do órgão estão nas ruas. No cruzamento das ruas Rocha Leão, Espírito Santo e Conselheiro Thomás Coelho, no Parque Tomás Coelho, devido ao acúmulo de lixo nas galerias pluviais, a bomba teve que ser acionada manualmente. Na região do Campo do Grêmio, em Custodópolis, a bomba funcionou automaticamente e não houve alagamentos como em períodos anteriores.
— Foi um volume muito grande de chuva e alagamentos, nestas circunstâncias, são inevitáveis. Em alguns pontos, alagamentos tiveram maior proporção devido a lixos nas ruas. Pedimos à população que não jogue no chão garrafas, copo, papel, embalagens. Isso tudo contribui para o entupimento das galerias pluviais e, em dias de chuva, a situação piora, como aconteceu nessa terça na Pelinca — ressaltou o major.
  • Devido a chuva, família teve casa algada

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    Devido a chuva, família teve casa algada

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    Devido a chuva, família teve casa algada

Em relação a travessa Luiz Martins, a Defesa Civil Municipal informou que vai encaminhar uma equipe ao local para tomar as providências cabíveis. Segundo a Diretoria de Serviços da superintendência de Limpeza Pública, tanto a limpeza de bueiros como a do entorno do valão serão realizadas na primeira quinzena de fevereiro. Quanto à limpeza de canais, de acordo com a secretaria de Desenvolvimento Ambiental, o termo de referência está sendo concluído e será submetido à análise para dar início ao processo licitatório.

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