Câmara volta com polêmicas da "venda do futuro" e servidores
Suzy Monteiro 01/08/2017 23:58 - Atualizado em 03/08/2017 13:52
Thiago Godoy toma posse na Câmara
Thiago Godoy toma posse na Câmara / Paulo Pinheiro
Na primeira sessão após o recesso parlamentar do meio do ano, que começou com mais de 1h40 de atraso, os debates mais intensos ficaram por conta da “venda do futuro” e da possibilidade de aumento na carga horária dos servidores municipais, o que afetará, principalmente, os da área de Saúde. Outro ponto polêmico foi a volta do embate entre os vereadores Thiago Virgílio (PTC) e Genásio (PSC). No primeiro semestre os dois chegaram a trocar farpas em rede social e no plenário. Esta foi a primeira sessão de Thiago Godoy como vereador. O suplente tomou posse durante a manhã no lugar de Jorge Magal (PSD), afastado após ser condenado em segunda intância na Chequinho.
Moção de aplauso proposta pelo presidente Marcão Gomes (Rede) ao procurador da Câmara Robson Maciel, em função da vitória na ação que garantiu, pelo menos momentaneamente, o pagamento dos 10% a Caixa Econômica, foi aprovada por unanimidade. Da base do último governo, Abdu Neme (PR) usou a tribuna para explicar seu voto favorável à venda do futuro e disse que se sente com a consciência tranquila porque a situação financeira do município naquele momento era tão difícil quanto o atual. Foi a deixa para que vereadores hoje de oposição e que já estavam na Câmara à época da polêmica aprovação fazerem “mea culpa”. Miguelito (PSL) afirmou que os vereadores que votaram a favor estavam conscientes dos 10% e que a Caixa errou. O mesmo falou Thiago Virgílio (PTC). Já Thiago Ferrugem (PR) destacou o fato de Robson não ter se preocupado em fazer críticas, trabalhando e buscando soluções.
Líder da situação, Fred Machado (PPS) lembrou que, enquanto o momento é para homenagear Robson, seria, também, para moção de repúdio ao corpo jurídico do governo anterior, que não explicou o que os vereadores estavam aprovando. Virgílio afirmou que um vereador governista só não votou a favor da “venda” por ter faltado uma “conversinha”. Genásio, que o tinha antecedido na tribuna, retornou, afirmando que sofreu pressão inclusive do ex-governador Garotinho, mas não cedeu e votou contra.
Servidores - Recomendação dada pelo Ministério Público sexta-feira e que já estaria sendo posta em prática pela Prefeitura - alteração da carga horária para 40 horas semanais - gerou bastante debate. Os vereadores de oposição sugeriram que o prefeito Rafael Diniz (PPS) envie ao Legislativo uma proposta neste sentido para ser debatida. Uma comissão de servidores foi recebida no gabinete da Presidência, antes do início da sessão. A situação garantiu que lutará para que o impacto seja o menor possível aos servidores. 
Godoy nega envolvimento com Chequinho
O suplente de vereador Thiago Godoy (PR) tomou posse na manhã de ontem na vaga deixada por Jorge Magal (PSD), afastado após ter a condenação confirmada em segunda instância no caso Chequinho.
Godoy assinou o termo de posse no gabinete do presidente Marcão Gomes e afirmou que seu único envolvimento com a operação foi como advogado — ele estava na defesa em vários processos — e que sempre lutou contra a compra de votos.
Condenado em primeira instância na Chequinho, o parlamentar disse que seu nome não consta nas planilhas apreendidas na secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, em setembro do ano passado e que, em segunda instância, o Ministério Público já se manifestou pelo provimento parcial de seu recurso. “Não usei a operação Chequinho, nem nenhum outro tipo de recurso para beneficiar minha candidatura”.
Godoy afirmou, ainda, que irá pautar sua atuação pelo trabalho. “O povo paga caro para que os vereadores trabalhem e é isso que pretendo fazer. Trabalhar arduamente, receber as pessoas e propor aos meus colegas que deixemos as discussões político-partidárias e comecem a ter discussões sobre as políticas públicas e é o que realmente afeta a vida das pessoas”.

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