Noroeste fluminense lidera ranking de autuações em blitz da Lei Seca
Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Governo mostra aumento no número de motoristas dirigindo sob o efeito do álcool flagrados nas Operações Lei Seca. O Noroeste do Estado apresentou a maior média percentual. A fiscalização da Lei Seca multou, entre janeiro e junho de 2023, 302 motoristas de um total de 949 abordados durante a blitz, dando uma média de 31,8% em toda a região Noroeste. O destaque ficou com o município de Bom Jesus de Itabapoana, que em uma das ações realizada na cidade chegou a atingir 48,5%. Logo em seguida aparece Miracema com 38,9% e Itaperuna com 36,5%. O Norte Fluminense aparece em 5º lugar, tendo Macaé como destaque.
Ainda segundo a Secretaria de Governo, entre 2022 e 2023 houve um aumento no número de flagrantes de pessoas dirigiram alcoolizadas. Por isso, o Estado ampliou de 15 para 30 o número de equipes.
“Este aumento se deu, comprovado por pesquisas, após o isolamento social. As pessoas começaram a beber mais e retirar esse novo hábito requer tempo. Para minimizar esse número de pessoas dirigindo alcoolizadas, nós estamos trabalhando todos os dias. No interior, sempre que existe o planejamento de grandes festas, nós também estamos presentes. O mais importante é a conscientização de que se beber, não dirija”, informou o secretário de Estado Bernardo Rossi.
Segundo o comando do 29º Batalhão de Polícia Militar, que atende a região Noroeste, a Polícia trabalha na parte logística. “Nós cedemos nossos militares para que, em conjunto com a Secretaria de Estado e o Detran-RJ, possamos ajudar a diminuir esse índice em todo a região e no Estado. Nas nossas ações operacionais, de rotina, caso identifiquem que o condutor está alcoolizado, o procedimento é o levar para a sede policial”, explicou.
Na opinião do especialista em trânsito do Sest Senat, Eduardo Lugão, o Noroeste apresenta um maior número de casos porque quanto mais as pessoas vão para o interior, mas elas acabam tendo a impressão de uma tolerância maior ou de uma impunidade maior.
— Ou seja, não é tão fiscalizado. Acontece muito mais blitz de Lei Seca na capital do Rio do que aqui. Durante o carnaval do Rio, eu mesmo presenciei a blitz todos os dias lá, mas aqui já não é tão comum assim. Na nossa região ainda tem o problema das pessoas avisarem, através dos aplicativos, e nós esquecemos que toda vez que se informa que está acontecendo uma blitz, podemos estar colocando a vida de alguém em risco. A sua tolerância, com as pessoas que dirigem alcoolizadas, acaba gerando uma violência que pode ser fatal — disse o especialista.
Em um simulador usado para treinamento de alunos, o especialista mostrou como é a visão de um motorista embriagado na via. “Ele perde a total noção de espaço e tudo aparece embaçado, duplicado. O mais simples de se fazer sóbrio, se torna um grande perigo após ingerir bebida alcoólica. Sua percepção e tempo de reação são retardados quando se está alcoolizado”, contou.
Eduardo Lugão destacou que é necessário que cada cidadão tenha a consciência do pensar no outro para que esses acidentes não ocorram. “Eu acho que a tolerância deve ser zero, deve haver uma multa sempre, para qualquer infrator, porque ninguém vai ser multado se andar certo, é uma questão até ética de comportamento, então as pessoas precisam entender isso”, comentou.
Eduardo explicou sobre a tolerância de 0,3 para se tornar crime de trânsito. “Se estou acima de 0,3, além da infração, se torna um crime de trânsito com detenção, inclusive podendo responder processo, entre outras penalidades. O valor da multa, que é de R$ 297,43 pode ser multiplicado em até 10 vezes, quase chegando aos R$ 3 mil”, explicou, acrescentando ainda que o motorista tem a carteira suspensa por 12 meses.
— Depois disso, ele vai precisar fazer um curso de reciclagem e após isso, vai fazer uma prova no Detran e sendo aprovado, o motorista vai poder ter a carteira de habilitação de volta — disse o especialista.
Ainda segundo a Secretaria de Governo, entre 2022 e 2023 houve um aumento no número de flagrantes de pessoas dirigiram alcoolizadas. Por isso, o Estado ampliou de 15 para 30 o número de equipes.
“Este aumento se deu, comprovado por pesquisas, após o isolamento social. As pessoas começaram a beber mais e retirar esse novo hábito requer tempo. Para minimizar esse número de pessoas dirigindo alcoolizadas, nós estamos trabalhando todos os dias. No interior, sempre que existe o planejamento de grandes festas, nós também estamos presentes. O mais importante é a conscientização de que se beber, não dirija”, informou o secretário de Estado Bernardo Rossi.
Segundo o comando do 29º Batalhão de Polícia Militar, que atende a região Noroeste, a Polícia trabalha na parte logística. “Nós cedemos nossos militares para que, em conjunto com a Secretaria de Estado e o Detran-RJ, possamos ajudar a diminuir esse índice em todo a região e no Estado. Nas nossas ações operacionais, de rotina, caso identifiquem que o condutor está alcoolizado, o procedimento é o levar para a sede policial”, explicou.
Na opinião do especialista em trânsito do Sest Senat, Eduardo Lugão, o Noroeste apresenta um maior número de casos porque quanto mais as pessoas vão para o interior, mas elas acabam tendo a impressão de uma tolerância maior ou de uma impunidade maior.
— Ou seja, não é tão fiscalizado. Acontece muito mais blitz de Lei Seca na capital do Rio do que aqui. Durante o carnaval do Rio, eu mesmo presenciei a blitz todos os dias lá, mas aqui já não é tão comum assim. Na nossa região ainda tem o problema das pessoas avisarem, através dos aplicativos, e nós esquecemos que toda vez que se informa que está acontecendo uma blitz, podemos estar colocando a vida de alguém em risco. A sua tolerância, com as pessoas que dirigem alcoolizadas, acaba gerando uma violência que pode ser fatal — disse o especialista.
Em um simulador usado para treinamento de alunos, o especialista mostrou como é a visão de um motorista embriagado na via. “Ele perde a total noção de espaço e tudo aparece embaçado, duplicado. O mais simples de se fazer sóbrio, se torna um grande perigo após ingerir bebida alcoólica. Sua percepção e tempo de reação são retardados quando se está alcoolizado”, contou.
Eduardo Lugão destacou que é necessário que cada cidadão tenha a consciência do pensar no outro para que esses acidentes não ocorram. “Eu acho que a tolerância deve ser zero, deve haver uma multa sempre, para qualquer infrator, porque ninguém vai ser multado se andar certo, é uma questão até ética de comportamento, então as pessoas precisam entender isso”, comentou.
Eduardo explicou sobre a tolerância de 0,3 para se tornar crime de trânsito. “Se estou acima de 0,3, além da infração, se torna um crime de trânsito com detenção, inclusive podendo responder processo, entre outras penalidades. O valor da multa, que é de R$ 297,43 pode ser multiplicado em até 10 vezes, quase chegando aos R$ 3 mil”, explicou, acrescentando ainda que o motorista tem a carteira suspensa por 12 meses.
— Depois disso, ele vai precisar fazer um curso de reciclagem e após isso, vai fazer uma prova no Detran e sendo aprovado, o motorista vai poder ter a carteira de habilitação de volta — disse o especialista.
Por meio de nota, o Detran RJ informou que durante a abordagem do motorista durante a lei seca mesmo pode se recusar a fazer o teste (por ser um direito constitucional de não incriminar a si próprio), mas mesmo assim é autuado pelo departamento.
"Se fizer o teste e for constatada a ingestão de álcool, a pessoa também é autuada e se tiver nível alto de álcool, é conduzida à delegacia porque dependendo da quantidade de álcool pode, além de infração de trânsito, se tornar crime. É aberto então um processo administrativo na sede do Detran e o condutor tem até 15 dias para apresentar recurso", disse a nota.
Motoristas apoiam blitz da Lei Seca na região
Consciente de que se beber, não se pode dirigir, o motociclista e estudante Marcos Barcelos Correa, de 22 anos, comentou que já foi parado em blitz da Lei Seca na Pelinca, mas que nunca bebeu e dirigiu.
— Acho que aqueles que reclamam de serem parados na blitz não pensam em si e na família. Eu, como motociclista, vejo muitos acidentes onde o condutor está bêbado e quem se fere e/ou morre no acidente é, geralmente, aquele que não tem nada haver. Uma pessoa bêbada perde a total noção do que está fazendo e isso atinge a todos que estão no trânsito — disse.
O motorista de caminhão Joel Marques, de 69 anos, e que dirige há mais de 15, comentou que percebe que nas cidades do interior, a fiscalização não é tão comum como nos grandes Centros.
— Por rodar muito dentro do Estado, vejo muita mais blitz da Lei Seca em vias importantes do Rio, mas sou natural de Campos e quando ando pela nossa região, não se vê muito, só em casos pontuais, como em jogos na Pelinca, por exemplo. Acho importante essa fiscalização mais atuante do que é, para que as pessoas tenham medo de dirigir embriagada. Isso salvaria mais vidas — contou.
Norte fluminense aparece em 5º lugar e Estado lança campanha
A região Norte fluminense apareceu em 5º lugar entre os motoristas alcoolizados parados na blitz da Lei Seca, com 22,4%. Apesar disso, o percentual é menor em comparação ao primeiro semestre do ano passado, que foi de 23,5%. Entre as cidades, Macaé aparece em primeiro com 46,9% de motoristas flagrados após ingerirem álcool. Campos vem logo em seguida, com 31,7% e São João da Barra aparece em terceiro, com 31,2%. Foram abordados um total de 2.183 veículos, com 489 motoristas flagrados.
Para tentar minimizar esse crescente, na Semana Nacional do Trânsito, a Secretaria de Estado de Governo, através da Operação Lei Seca, lançou na última segunda-feira (18) o Dia D de redução dos acidentes nas estradas. Os bairros onde foram registradas as maiores médias de motoristas flagrados dirigindo sob a influência de álcool terão operações por 24 horas.
Durante toda a Semana Nacional do Trânsito, a Operação Lei Seca fará campanhas educativas nas principais nos polos gastronômicos, em áreas de lazer, escolas e nos pontos turísticos. Já as equipes de fiscalização, irão atuar no chamado mapa de alcoolemia, as áreas com maiores incidências de motoristas flagrados dirigindo sob o efeito do álcool. (C.B)
Motoristas apoiam blitz da Lei Seca na região
Consciente de que se beber, não se pode dirigir, o motociclista e estudante Marcos Barcelos Correa, de 22 anos, comentou que já foi parado em blitz da Lei Seca na Pelinca, mas que nunca bebeu e dirigiu.
— Acho que aqueles que reclamam de serem parados na blitz não pensam em si e na família. Eu, como motociclista, vejo muitos acidentes onde o condutor está bêbado e quem se fere e/ou morre no acidente é, geralmente, aquele que não tem nada haver. Uma pessoa bêbada perde a total noção do que está fazendo e isso atinge a todos que estão no trânsito — disse.
O motorista de caminhão Joel Marques, de 69 anos, e que dirige há mais de 15, comentou que percebe que nas cidades do interior, a fiscalização não é tão comum como nos grandes Centros.
— Por rodar muito dentro do Estado, vejo muita mais blitz da Lei Seca em vias importantes do Rio, mas sou natural de Campos e quando ando pela nossa região, não se vê muito, só em casos pontuais, como em jogos na Pelinca, por exemplo. Acho importante essa fiscalização mais atuante do que é, para que as pessoas tenham medo de dirigir embriagada. Isso salvaria mais vidas — contou.
Norte fluminense aparece em 5º lugar e Estado lança campanha
A região Norte fluminense apareceu em 5º lugar entre os motoristas alcoolizados parados na blitz da Lei Seca, com 22,4%. Apesar disso, o percentual é menor em comparação ao primeiro semestre do ano passado, que foi de 23,5%. Entre as cidades, Macaé aparece em primeiro com 46,9% de motoristas flagrados após ingerirem álcool. Campos vem logo em seguida, com 31,7% e São João da Barra aparece em terceiro, com 31,2%. Foram abordados um total de 2.183 veículos, com 489 motoristas flagrados.
Para tentar minimizar esse crescente, na Semana Nacional do Trânsito, a Secretaria de Estado de Governo, através da Operação Lei Seca, lançou na última segunda-feira (18) o Dia D de redução dos acidentes nas estradas. Os bairros onde foram registradas as maiores médias de motoristas flagrados dirigindo sob a influência de álcool terão operações por 24 horas.
Durante toda a Semana Nacional do Trânsito, a Operação Lei Seca fará campanhas educativas nas principais nos polos gastronômicos, em áreas de lazer, escolas e nos pontos turísticos. Já as equipes de fiscalização, irão atuar no chamado mapa de alcoolemia, as áreas com maiores incidências de motoristas flagrados dirigindo sob o efeito do álcool. (C.B)