Caiu na rede A habilidade e presença do prefeito Wladimir Garotinho (PP) nas redes sociais muitas vezes são motivos de elogios, colocadas como itens também à sua polaridade. Por outro lado, recebem algumas críticas por quem acha que ele “gosta de aparecer”. De certo, a internet virou termômetro para muita coisa e pauta, sim, não só políticos. No termômetro que se tornou, passar certos recados é algo comum, às vezes nas entrelinhas, outras até de forma direta. Com 2024 quase batendo à porta, a tendência é só aumentar. Claro que não é algo exclusivo do prefeito, mas é inegável a força dele entre os seus 130 mil seguidores.
Dois lados Se na última quinta (21) uma postagem feita por Wladimir revelou o clima amistoso entre ele e petistas, que dão como quase certa uma possível candidatura adversária do reitor do IFF, Jefferson Manhães, à Prefeitura de Campos em 2024; por outro lado, um embate entre o prefeito e o presidente da Câmara, Marquinho Bacellar (SD), também externado na rede social, revelou que o clima na pacificação não anda dos melhores entre os Garotinhos e Bacellar. Com recados e respostas públicos, agora é esperar para ver se o desfecho será também publicável.
Com petistas Ao lado de nomes do PT de Campos, Wladimir postou um vídeo nas suas redes sociais falando que a “Petrobras é um patrimônio nacional, que está sendo devolvido para o povo brasileiro”. A gravação foi feita durante a abertura da 6ª Feira de Oportunidades, no IFF-Centro, junto com Jefferson, além de outros petistas, como o petroleiro e político campista José Maria Rangel, o Zé Maria, assessor do presidente da Petrobras, e o coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra. Mostrando que os debates políticos devem ter momento e local, tanto Wladimir quanto Jefferson, que já andaram divergindo publicamente em relação a números do desenvolvimento de Campos, deram exemplo de decoro no evento.
Esquerda e direita Apoiador de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, Wladimir acabou desagradando alguns possíveis eleitores. No Instagram @folha1, por exemplo, onde o encontro com os petistas foi noticiado, um internauta comentou: “A regressão é logo ali. Se tinha uma esperança em tentar votar nesse cara ela acabou de ir para o ralo”. Outros defenderam: “Certíssimo! O petróleo é nosso, e a Petrobras também! Quem pensa diferente precisa voltar no tempo. Boa, Wladimir”. Coincidência ou não, no dia seguinte ao vídeo com a esquerda, Wladimir amanheceu publicando em sua rede social uma crítica ao aborto, em debate no STF, e citando o PSOL, algo bem alinhado à direita.
Na pacificação? Nessa mesma sexta, a rede social de Marquinho Bacellar atraiu atenções, inclusive do prefeito, que comentou em um vídeo do presidente da Câmara, no qual ele fala sobre querer uma reunião institucional entre ele e Wladimir com os vereadores e secretários. Apesar do diálogo exposto pelos dois, o consenso parece não ter vindo. À Folha Wladimir disse: “Meu telefone continua o mesmo. Não se trata esses assuntos pela internet ou pela imprensa”. Já Marquinho respondeu: Usei a tribuna, lugar de fala dos vereadores, para pedir essa reunião. Ali está o líder de governo que faz essa interlocução entre a Câmara e o governo”, disse Marquinho. Até o fim da tarde dessa sexta, a reunião não havia sido marcada.
Crédito Rural (I) Em parceria do Banco do Brasil (BB) e ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os prefeitos, secretários de Agricultura e produtores rurais do Norte e Noroeste Fluminense têm encontro marcado às 10h da manhã desta terça, dia 26. Na sede do Mapa em Campos, na rua Saldanha Marinho, 378, Centro, o superintendente da pasta federal, Agnaldo Pinto, sua equipe e a gerência local do BB receberão a todos para detalhar o acesso ao Crédito Rural, no Plano Safra 23/24. A convocação, fundamental à agropecuária da região, está sendo feita por Carlos Faria Café, engenheiro chefe da Unidade Técnica do Mapa.
Crédito Rural (II) “Pauta importante para nossa agropecuária. Acesso a crédito é uma das alavancas mais importantes para o crescimento e desenvolvimento do setor. Ressalta-se a importância para que o produtor esteja preparado com documentos e que tenha um bom projeto sob a supervisão de um profissional qualificado”, aconselhou o secretário de Agricultura de Campos, Almy Junior, engenheiro agrônomo, doutor em produção vegetal e ex--reitor da Uenf. A ressalva documental aos produtores interessados no Crédito Rural foi ecoada pelo produtor rural Tito Inojosa, presidente da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan).
Crédito Rural (III) “Essa questão do Crédito Rural, do Banco do Brasil como o ministério da Agricultura, é importantíssima. O que me preocupa é a questão fundiária. Os proprietários foram morrendo e dividindo suas terras em herança, sem documentar nada. Um número grande de produtores não tem acesso ao Crédito Rural porque não tem acesso à documentação necessária. A mesma coisa ocorre com muitos assentados: muitos não têm os documentos necessários ao Crédito Rural. Tem o do Banco do Brasil, tem o Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo), tem o Sicoob (Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil)”, elencou Tito Inojosa.
