Suspeitos de integrar milícia do RJ são investigados por ligação na morte de Marielle
24/07/2018 14:05 - Atualizado em 25/07/2018 15:20
O ex-PM Alan Nogueira e o ex-bombeiro Luís Cláudio Barbosa, apontados como integrantes de uma milícia do Rio de Janeiro, estão sendo investigados por suposta ligação na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O mesmo delator que causou prisão dos suspeitos, apontados como autores de um duplo homicídio, indicou que os dois estariam envolvidos na morte da vereadora e do motorista. A informação é do delegado Willians Batista, da Divisão de Homicídios, que disse considerar os dois suspeitos pelo crime ocorrido em março.
Nogueira e Barbosa foram presos em casa, nesta terça-feira (24). Eles integrariam o grupo do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando da Curicica, que atua na Zona Oeste da cidade. O duplo assassinato teria sido cometido no sítio de propriedade de Orlando. Um PM e um ex-PM, também integrantes da milícia, segundo a polícia, foram assassinados com tiros na cabeça, por traição. Depois, tiveram os corpos carbonizados.
"O caso Marielle está sob sigilo, não está sob minha responsabilidade. Mas essa mesma testemunha que deu início às investigações que culminaram nas duas prisões de hoje (terça), também colocou os dois presos no caso Marielle. O teor dessa participação, de que forma teriam atuado, ainda está sob investigação. Eles serão ouvidos no caso Marielle e a gente espera que dali também possa surgir uma linha no caso Marielle", destacou o delegado.
De acordo com o delegado, ainda não é possível dizer qual seria a participação de cada um na morte de Marielle e Anderson. "É prematuro para mim dizer se estavam no carro mas foi apontado que de alguma maneira tinham participado do caso. Os dois teriam participado do caso Marielle. Eles foram apontados como membros da organização."
Na delegacia, o advogado de Alan negou envolvimento de seu cliente com milícias. "Estamos desde 9h50 [na delegacia], mas não conseguimos acesso ao inquérito e estamos tendo o direito de defesa cerceado. Ele foi preso em casa às 6h, desconhece totalmente o fato e não sabe nem o que estava acontecendo. Ele nega totalmente o fato [de participar de milícia]. Não teve nenhum tipo de contato", afirmou Leonardo Lopes. 
Fonte: G1

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