Terminou às 4h15 desta sexta-feira (11) a reconstituição do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Com atraso, a simulação começou por volta das 23h de quinta-feira (10).
Parte importante da reconstituição, tiros foram efetuados seis vezes durante a madrugada: além das 2h50m, o mesmo aconteceu às 3h10m, às 3h30m, às 3h48m, às 3h56m e às 4h03m — antes de cada sequência, o som semelhante a uma buzina ressoava para sinalizar os tiros que vinham a seguir.
Os disparos efetuados durante o trabalho dos agentes eram verdadeiros. O objetivo era que as testemunhas pudessem comparar o som dos tiros com os presenciado no dia dos assassinatos. Os agentes pretendiam confirmar se uma submetralhadora foi utilizada na execução.
Para a realização da reprodução simulada dos dois homicídios, além de agentes da Polícia Civil que conduziam o procedimento, foram mobilizados cerca de 200 homens do Exército e da Polícia Militar. Sacos pretos foram dispostos de modo a impedir a visão de pessoas não autorizadas. Grades removíveis e cones de sinalização foram colocados para reforçar a medida.
Os bloqueios só foram desfeitos após as 4h15, quando terminou a reconstituição. Na ação, foi utilizado um carro modelo Gol, de cor branca, com características semelhantes ao utilizado pelas vítimas no dia do crime, que ocorreu no último dia 14 de março. O automóvel, após a simulação, estampava marcas de disparos em suas janelas laterais. Sacos de areia, dispostos no local do trabalho dos agentes para absorver os projéteis, também foram retirados pelas equipes.