Assassinato de Marielle: 100 dias e continua sem solução
22/06/2018 18:34 - Atualizado em 24/06/2018 22:23
Marielle Franco
Marielle Franco / Divulgação
O assassinato da vereadora do Rio, Marielle Franco (Psol), completou 100 dias nesta sexta-feira (22), sem que o crime tenha sido solucionado. Marielle e o motorista Anderson Gomes foram executados a tiros, dentro do carro em que estavam, dia 14 de março, no bairro do Estácio, região central da cidade, quando a parlamentar seguia para casa, no bairro da Tijuca, Zona Norte. Uma assessora sobreviveu. O caso está sendo acompanhado pela Anistia Internacional.
No dia 14 de março, Marielle saiu de um encontro de mulheres negras, na Rua dos Inválidos, no Centro. No Estácio, em um trecho sem câmeras de monitoramento, um veículo escuro emparelhou com o carro em que estava a vereadora, o motorista e a assessora e os bandidos dispararam. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Os criminosos fugiram sem levar nada.
No dia 6 de abril, o vereador Marcello Siciliano (PHS) foi ouvido na Delegacia de Homicídios, sobre o caso. O nome dele e do ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo foi citado por uma testemunha, que os acusou de terem se reunido para planejar a morte da parlamentar. Ele nega qualquer envolvimento e disse ter bom relacionamento com Marielle. O ex-policial, conhecido como Orlando Curicica, também negou participação no assassinato. À época do crime ele já estava preso por porte ilegal de armas.
No último dia 18, foi a vez do ex-deputado estadual e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, prestar depoimento sobre o crime. Ao deixar a delegacia, Brazão negou conhecer a testemunha que aponta Orlando Curicica e Siciliano como responsáveis pelo assassinato da vereadora. Também disse que só a conhecia de nome. (S.M.) (A.N.)

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