G5 traça metas para 2º semestre
Suzy Monteiro 24/06/2017 11:22 - Atualizado em 24/06/2017 11:29
Silvinho Martins
Silvinho Martins/Antônio Leudo
“O G5 continua firme e forte. E com possibilidade de se tornar G7 ou G8”. A afirmação é do líder do grupo, vereador Silvinho Martins (PRP). Na última quarta-feira ele chegou a usar a tribuna do Legislativo para desmentir que o grupo estivesse se desfazendo e reafirmou, ontem, por telefone, dizendo que estão unidos e fortalecidos: “Na próxima semana, vamos começar a encaminhar o voto, como faz a bancada do governo”, disse o vereador.
O G5 foi oficializado em maio último e conta, além de Silvinho, com os vereadores Jorginho Virgílio (também do PRP), Enock Amaral, Marcelo Perfil (ambos do PHS) e Igor Pereira (PSB). O grupo é da base de sustentação do governo Rafael Diniz (PPS) e começou a ser articulado antes mesmo da diplomação. A primeira reunião aconteceu em novembro, pouco mais de um mês após a eleição, na casa de Jorginho Virgílio.
De acordo com Silvinho Martins, na sexta (23) mesmo os colegas do grupo estiveram reunidos definindo estratégias para o segundo semestre na Câmara. Uma das mudanças, mas que começa já na próxima sessão, é o encaminhamento dos votos.
— Nosso grupo continua unido e forte, embora alguns plantem notícias para tentar nos separar. Mas está tudo certinho e em breve poderemos ser G7 ou G8. Neste momento, porém, somos o G5, que faz parte da base do governo Rafael, mantendo claro nosso posicionamento — afirmou Silvinho.
O vereador não adiantou quem mais estaria perto de acrescentar ao grupo, mas informações dos bastidores no Legislativo falam em três nomes: Roberto Pinto (PTC), Josiane Morumbi (PRP) e o veterano e ex-presidente da Câmara de Campos, Marcos Bacellar (PDT).
No entra e sai da Câmara em função de decisões judiciais, Roberto Pinto chegou a ser afastado em abril, retornando em maio. Já Josiane é suplente de Vinicius Madureira (PRP), que foi afastado das funções legislativas por ter sido condenado em segunda instância na esfera cível da Chequinho.
Madureira, por exemplo, era de oposição ao governo, enquanto os demais vereadores de seu partido apoiam o governo Rafael Diniz. Ele chegou a candidatar-se à presidência da Câmara, mas foi superado por Marcão Gomes (Rede).
Já Bacellar assumiu a cadeira na Câmara em abril, após conseguir diplomação através de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele teve o registro de candidatura contestado no Tribunal Regional. A Folha não conseguiu ontem contato com os três.
No quadro de instabilidade do Legislativo, o G5 tem sido um dos grupos mais coesos. A bancada da oposição, porém, tem sido constantemente mudada em consequência do caso Chequinho. Em momento anterior, o presidente da Casa, Marcão Gomes (Rede) chegou a lembrar que, embora não atrapalhe os trabalhos da Câmara, atrapalha a atuação dos próprios vereadores.

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