O Exército decidiu nesta segunda-feira (24) abrir uma apuração disciplinar em razão da participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em um ato em favor do presidente Jair Bolsonaro, nesse domingo (23), no Rio de Janeiro.
Bolsonaro e motociclistas percorreram vários bairros da cidade. Pazuello participou de tudo, subiu com Bolsonaro no carro de som, usado como palanque. O general estava sem máscara quatro dias depois de ter se desculpado, na CPI da Covid, por ter feito a mesma coisa em um shopping em Manaus.
Segundo o vice-presidente, Hamilton Mourão, general da reserva, com a abertura do procedimento, Pazuello terá 72 horas para apresentar a defesa. Diante do que for declarado, o comandante do Exército decidirá o que fazer.
Pazuello não só desrespeitou as medidas sanitárias impostas para conter a pandemia. Como general três estrelas, da ativa, ele infringiu o Regulamento Disciplinar do Exército, que considera transgressão:
"Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária."
O estatuto dos militares diz: "São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter reivindicatório ou político."