A publicação no Diário Oficial de uma tomada de preço de R$ 1,2 milhão para construção de uma piscina semiolímpica na Fundação Municipal de Esportes (FME) tem causado polêmica nas redes sociais por causa do preço. No entanto, o prefeito Wladimir Garotinho (PSD) usou as redes sociais para explicar que o dinheiro tem como origem uma emenda parlamentar da ex-deputada federal Christiane Brasil (PTB) e não pode ter outra utilização.
“Parece que algumas pessoas não entenderam que o momento é de união e de reconstrução. Para isso, precisamos da ajuda de todos. Algumas pessoas ainda vivem de mentira, de fofoca e de intriga. Levantaram a questão da piscina na FME. Gente, é uma emenda federal da ex-deputada Cristiane Brasil e tem destinação específica. Não pode ser gasta com nenhuma outra coisa. Esse contrato foi assinado na gestão passada e estamos apenas dando sequência. Não caiam na fofoca, na intriga e nas mentiras das pessoas que não querem ajudar. No fundo, essas pessoas querem tumultuar”, disse o prefeito.
O presidente da FME, Fábio Coboski, explicou que, além da piscina, o dinheiro também inclui a reforma do ginásio de esportes. Segundo a Prefeitura, a verba carimbada, destinada pelo Ministério da Cidadania para a reforma do ginásio, é da ordem de R$ 730.950,78, com a contrapartida da Prefeitura de 1% na razão de R$ 7.383,34. Para a construção da piscina semi-olímpica, o valor destinado pelo governo federal é R$ 1.237.291,34 com a contra partida da Prefeitura de R$ 12.497,89.
Na sessão desta terça-feira (18), o vereador Raphael Thuin (PTB) – ex-presidente da FME – também falou sobre a obtenção da verba federal para a piscina.
— Ontem tivemos um dia polêmico sobre piscinas, sobre ginásio, verbas captadas durante minha gestão na FME e queria explicar porque as pessoas confundem. Uma emenda parlamentar, quando é encaminhada para Prefeitura, só pode ser destinada para uma finalidade. A Prefeitura não pode, simplesmente, pegar essa verba e colocar em outro lugar. Isso é crime. E esses recursos federais são fiscalizados pela Caixa Econômica Federal, pelo ministério que destinou esse dinheiro, pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas da União. Quando se vem com polêmicas sem noção como de ontem, a gente fica triste porque estamos trazendo verba. Quando a gente está passando por uma crise financeira, acho que os gestores têm que correr atrás, buscar verbas federais, parcerias. Não tem gasto de Prefeitura em piscina, só a contrapartida do município que é de 1%. Não é uma piscina de quintal, é um parque aquático, coberto, com vestiário, com medidas oficiais e que pode receber até campeonatos internacionais.
“Os projetos para a construção da piscina semi-olímpica, com tamanho oficial nas dimensões 25 metros por 25 metros, bem como o projeto para a reforma do ginásio, foram elaborados em 2018 e analisados rigorosamente pela equipe do Ministério da Cidadania, que segue uma tabela de preços do governo federal, para então, liberar os recursos federais. Uma vez aprovada a verba, a liberação é submetida à fiscalização da Caixa Econômica Federal, que acompanha toda a obra. Como as propostas na licitação para a realização das obras ficaram abaixo dos valores estimados na licitação, a Prefeitura fica com a responsabilidade de fazer a contrapartida no valor de 1% do valor de cada emenda parlamentar”, detalha Fábio Coboski.