O dia 24 de março é marcado pelo Dia Mundial de Combate à Tuberculose, data importante para alertar à população de que a doença tem cura e que o tratamento é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A tuberculose é considerada uma das doenças infecciosas mais mortais do mundo, mas essa realidade pode ser diferente. Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) descentralizou o tratamento da doença, além de realizar, nesta segunda-feira (24), uma ação de conscientização com o tema “Junto Somos Mais!”, por meio do Programa de Controle da Tuberculose (PCT).

A ação aconteceu no Centro de Referência Augusto Guimarães, sede do PCT, e contou com orientação à população, por meio de panfletagem, abordagem sobre aos cuidados, sintomas, transmissão, tratamento da doença, alertando que o mais importante é o diagnóstico precoce. “A gente faz um alerta à população, para quem tosse há mais de três semanas, está perdendo peso, tem febre no final da tarde, procurar unidade de saúde para fazer o exame escarro para verificar se tem tuberculose”, reforça a coordenada do PCT e enfermeira sanitarista, Verônica Verdan.

Por meio do Programa de Controle da Tuberculose, o paciente com suspeita ou doente de tuberculose, além do exame de escarro, é submetido a uma radiografia de tórax e o resultado é liberado em tempo real. Também passa por consulta médica todas as manhãs, equipe multiprofissional, com assistente social, enfermeiro, farmacêutico.

“Hoje, a gente também conta com cartão alimentação, que é ofertado para o paciente condicionadas às consultas regulares e ao uso correto da medicação. O tratamento dura em torno de seis meses e deve ser feito de forma ininterrupta, sendo a medicação totalmente gratuita”, disse Verônica, acrescentando que o valor do cartão alimentação é de R$250,00.

ATENDIMENTO DESCENTRALIZADO

Com a descentralização, o município busca intensificar os principais pilares de controle da tuberculose, que são o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Para isso, ao identificar os sintomas, a população pode ser atendida UBSF Parque Aldeia, UBSF Santa Helena, UBSF IPS, UBSF Conselheiro Josino, UBSF Santa Cruz, USBF Jamil Ábido, UBSF Saturnino Braga, USBF Parque Imperial, UBS Penha, Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CDIP), além do Centro de Referência Augusto Guimarães.

O município também leva o tratamento do Presídio Feminino Nilza da Silva Santos, Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, à Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro e através do Programa Consultório na Rua.

“É importante reforçar a questão dos contatos. Todo paciente que é feito diagnóstico de TB, os contatos familiares, quem mora com ele, é importante que passe por uma consulta”, reforça a enfermeira sanitarista. Segundo Verônica, por ano, Campos chega a registrar uma média de 350 pacientes em tratamento.

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, conhecida também como bacilo de Koch. Ela afeta principalmente os pulmões (80%), mas que pode atingir vários outros órgãos e tecidos do corpo humano, como, por exemplo, meninges, pleura, rins, gânglios, pele, olhos, etc. A TB tem cura desde que corretamente tratada. Diagnosticar e tratar precocemente os casos de tuberculose pulmonar são as principais formas de controlar a doença, interrompendo a cadeia de transmissão.