Até quanto a sua origem como diretor, paira divergência. As páginas oficiais dizem que seu primeiro filme foi “O monstro de um milhão de olhos”, de 1956 e não creditado. Outros mencionam “Cinco revólveres mercenários”, de 1955. Em seis anos, entre 1955 e 1960, ele dirigiu 28 filmes, todos considerados filmes B. Ele se movimenta em todos os tempos e espaços e se sai bem em todos os gêneros. Os básicos são drama e comédia, que ele frequenta com desenvoltura. Faz filmes ambientados nos dias de hoje e no planeta Terra, mas pode ir ao passado para filmar mulheres e homens vikings ameaçados por um monstro marinho. Retrata a juventude em filmes de costumes. Vai ao espaço registrar uma guerra de satélites ou focar um invasor espacial. Retorna ao passado humano remoto, que, na verdade, é o futuro da humanidade depois de nova guerra atômica. Mostra o perigo das experiências científicas, sobretudo as com energia nuclear.
Mostra como fazer humor negro em “Um balde de sangue” e “A pequena loja de horrores”. Ambas com baixíssimo orçamento e produzidos em uma semana. Até 1960, seus filmes estão voltados para os cinemas baratos e para o público pouco exigente. Este também merece atenção e respeito. Mas, em todos, deixa sua marca de cineasta, marca esta reconhecida logo depois por grandes diretores. Corman vai ao cerne dos interesses norte-americanos médios.
Na década de 1960, grande é sua dedicação a filmes de terror com base em Edgar Alan Poe, autor que muito admirava. Os filmes ganham uma roupagem que os caracterizariam como góticos, embora essa expressão não seja das melhores. No entanto, é agraciado com grande orçamento para dirigir “O massacre de Chicago”, em 1967. A reconstituição dos anos 1920 é perfeita. A luta entre mafiosos pelo poder é documental. Cada membro da máfia merece pequena biografia de um narrador. O filme culmina com o massacre de São Valentin, pelos capangas de Al Capone. Logo em seguida, em outro filme de alto orçamento, ele lança “O cinco de Chicago”, (“Bloody mama”), com antológica interpretação de Shelley Winters, contracenando com Robert de Niro num de seus primeiros filmes.
Depois de dirigir “Frankenstein - terror das trevas”, em 1990, Roger Corman torna-se apenas produtor. Nesta condição, ele não deixa de também dirigir, pois escolhia o livro a ser roteirizado, o diretor do filme, o cinegrafista e os artistas. Procura seguir as ondas do momento, como animais monstruosos e ameaçadores do presente, dinossauros, aventuras espaciais, super-heróis etc. E sexo, na medida do necessário. Além de ser um professor de cinema, Corman foi o próprio cinema. Foi um ícone, uma lenda admirada por muitos.
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