A prefeita Carla Machado (PP) encaminhou à Câmara de São João da Barra, nesta terça-feira (07), projeto de lei para a criação de auxílio emergencial no valor de R$ 1.200,00 por mês às famílias afetadas pelo avanço do mar, em Atafona. A expectativa é que a Casa coloque o projeto em pauta já na sessão desta terça. O auxílio foi anunciado pela prefeita na sexta-feira (03), durante visita ao Pontal de Atafona, acompanhada da vice-prefeita e secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Carla Caputi (DC).
O benefício é destinado ao pagamento de aluguel e outras despesas das famílias, permitindo que elas deixem as áreas de risco. De acordo com o projeto de lei, para ter direito a família deve ser residente no município há pelo menos três anos e não ser proprietária de outro imóvel. É necessário também que a residência da família tenha sido totalmente interditada, com documento de interdição expedido pela Defesa Civil ou apresentação de documento judicial.
Uma comissão de moradores vai se reunir com a secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos ainda nesta semana para que seja feito o levantamento das famílias que terão direito ao benefício. Carla também anunciou que a Prefeitura vai construir casas populares para os moradores que tenham suas casas interditadas pela Defesa Civil. O prazo para a entrega é de um ano e meio.
A decisão de sair ou não da residência na área do Pontal divide opiniões. Alguns moradores já procuram casas para alugar em Atafona, contando com o benefício. Outros, porém, dizem que não querem sair do local. Existe, ainda, a apreensão de moradores em relação à próxima maré de lua cheia, no dia 19 de dezembro. Quem quer mudar de casa, espera que consiga antes dessa data, quando a água do mar pode voltar a atingir as residências.
Ainda nesta semana, Câmara Técnica de Erosão Costeira, criada em setembro deste ano pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de SJB, volta a discutir um projeto de contenção do mar. Já foram três apresentados, mas, diferentemente do que ocorre há décadas com o mar, nenhum deles avança.