O Dia que vai para a história e assuntos que tomaram as manchetes: Casos de coronavírus no Brasil sobem para quase 300. Europa e América do Sul fecham fronteiras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que há registro de mortes de crianças. Trump admite uma possível recessão nos EUA por causa da pandemia e Macron declara guerra ao vírus na França, enquanto Bolsonaro volta a falar em ‘histeria’. O dólar fecha acima de R$ 5 pela 1ª vez, a bolsa desaba mais de 13%. E o Ministério da Economia anuncia injeção de R$ 147,3 bi no país. Esse foi o resumo das principais notícias do coronavírus e, a partir de então a mensagem: se puder, fique em casa.
Na data, o Brasil contabilizava 234 casos confirmados de coronavírus e 2 mil suspeitos, segundo o Ministério da Saúde - o país ainda não registrava mortes. No mundo, 179 mil casos, com 7.074 mortes. As fronteiras na América do Sul foram fechadas.
Como respostas à pandemia, Donald Trump (então presidente dos Estados Unidos da América) admitiu que “os efeitos da pandemia podem durar meses e que o número de casos no país deve começar a cair só no 2º semestre” e pediu o cancelamento de reuniões com mais de 10 pessoas e viagens. Na França, Emmanuel Macron proibiu encontros entre parentes e amigos em locais públicos, adiou o 2º turno de eleições locais, entre outras medidas. Enquanto isso, no Brasil... no domingo (15 de março de 2020), ao se juntar a manifestantes, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro descumpriu recomendações sanitárias internacionais e na segunda-feira (16), ele afirmou que a Covid-19 “não deve ser superdimensionada”.
Um dia de mudanças. Várias cidades brasileiras tiveram uma segunda-feira atípica, com mudanças na rotina, após medidas anunciadas pelos governos estaduais e municipais. Escolas começaram a ser fechadas, universidades também suspenderam as aulas. Museu, teatros e bibliotecas cerraram as portas.
No Rio, férias de profissionais da saúde foram suspensas, e a determinação é “que a população evite aglomerações. Mesmo assim, o dia foi de praia lotada”. Autoridades pediram para que os banhistas voltassem para casa.
Inicialmente, o Ministério da Saúde divulgou que a primeira morte no Brasil ocorreu em 16 de março, em São Paulo. A vítima foi uma mulher de 57 anos. No entanto, uma semana depois, informou que o óbito ocorreu no dia 12. Em Campos, a primeira morte em decorrência da Covid-19 aconteceu em 11 de abril. O homem não apresentava histórico de outras doenças, era caminhoneiro e esteve em Fortaleza (Ceará) e na Capital paulista, onde o vírus já circulava.