Mesmo após mudanças, trajetos e horários de ônibus geram queixas
Jéssica Felipe 07/03/2018 14:38 - Atualizado em 07/03/2018 18:25
Trajetos e horários são motivos de dúvida
Trajetos e horários são motivos de dúvida / Antônio Leudo
Conforme publicado no Diário Oficial do município nessa segunda-feira (5), as linhas de ônibus da Baixada Campista que eram operadas pelo consórcio União e estavam apresentando problemas passaram a ser de responsabilidade do consórcio Planície. No entanto, apesar de saber que a mudança atenderá às localidades de Fazendinha, Imperial, Goitacazes, Bugalho, Tocos, Ponta Grossa e Farol, usuários ainda registram dúvidas quanto aos trajetos e horários. O DO não informa quais linhas serão operadas especificamente por cada empresa, no caso, São João e Jaracarandá, e se os horários serão modificados. Para os passageiros de Goitacazes, na manhã desta quarta-feira (7), a espera chegou a ser de duas horas no Terminal Luiz Carlos Prestes.
Na Rodoviária Roberto Silveira, ponto de partida das linhas Tocos, Ponto Grossa e Farol, somente alguns usuários conseguiram embarcar para seus destinos sem muitas dificuldades. As maiores reclamações são direcionadas à linha de Farol, assumida pela empresa São João. Segundo a aposentada Sandra Manhães, 63 anos, que mora em Baixa Grande, o problema está na falta de informação. “Vi vários ônibus na estrada, mas, quando a gente chega aqui na rodoviária, não tem onde se informar para saber os horários certos. Antes, eu até via uns cartazes, agora não. Hoje eu tive que perguntar para o pipoqueiro. Mesmo assim, estou aqui sem saber a hora certa que o ônibus vai vir”.
O mesmo problema foi relatado pela Lucia Rangel, moradora de Farol. “Ao invés de esperar na van, eu prefiro ficar aqui para o ônibus, que é mais barato. Mas a gente não sabe que horas tem que vir, porque não tem horário certo e nem onde saber”.
Já no Terminal Luiz Carlos Prestes, usuários chegaram a esperar cerca de duas horas pela condução. A jovem mãe Thamires Ramos, 20 anos, moradora de Goitacazes, precisou trazer a filha de um ano ao médico nessa manhã e não teve horário certo para voltar para casa. “Eu vim de van e cheguei na hora que precisava. Para voltar, estou no ponto esperando muito mais de uma hora. Eu vou ser obrigada a pegar um ônibus até a van mesmo. Não mudou nada”.
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    Trajetos e horários são motivos de dúvida

Liana da Silva, 60 anos, também moradora de Goitacazes, estava no mesmo ponto que Thamires e ressaltou as consequências da espera. “Eu acabei de sair do INSS, com dificuldades para andar, com ajuda da muleta. A gente fica aqui com calor, sede, fome, sem saber que horas vai chegar a casa. Quando para um ônibus, a gente pergunta e ainda saem com ignorância”, desabafa a senhora sobre a tentativa de obter informações sobre os horários com funcionários de outras empresas.
A reportagem da Folha tentou contato com o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) para saber sobre os itinerários e horários das empresas que assumiram as linhas e até o momento aguarda resposta.

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