Disputa eleitoral, leite, licitação e cobrança ao MP marcam sessão
Rodrigo Gonçalves 05/03/2024 20:44 - Atualizado em 05/03/2024 20:46
Rodrigo Silveira
A sessão na Câmara de Campos desta terça-feira (5) teve um misto de “paz e amor” e ataques. Com o período eleitoral cada vez mais perto, principalmente com a abertura da janela partidária na próxima quinta-feira (7), o assunto nominata esteve entre as falas dos vereadores, mesmo que em tom de brincadeira por parte de alguns. 
Mas se a pauta começou de forma leve, terminou com críticas e ataques dos Bacellar aos Garotinhos, que falaram sobre problemas com a distribuição do leite especial pelo município e também sobre possíveis licitações viciadas para obras do programa Bairro Legal. Presidente da Câmara, Marquinho Bacellar, cobrou que o Ministério Público tenha o mesmo empenho que teve no impasse da Lei Orçamentária Anual (LOA) para apurar denúncias feitas pelo seu grupo sobre supostas irregularidades nas “licitações com cartas marcadas” de que empresas vão vencer.
— Na votação da LOA, muito polêmica, o Ministério Público interveio, me chamou para uma reunião, logicamente fui, passamos um dia inteiro lá dentro, debatendo sobre a LOA. Então peço também o mesmo empenho do Ministério Público para averiguar essa denúncia — disse Marquinho, falando também sobre o atraso na entrega do leite especial que resultou em uma manifestação de mães nesta terça-feira.
O vice-líder do governo Juninho Virgílio (União) respondeu ao presidente da Câmara dizendo que todas as licitações são públicas, não havendo nenhum impedimento hoje por parte do MP e Tribunal de Contas do Estado (TCE). Sobre o leite, Juninho prometeu buscar mais informações com a secretaria de Saúde, mas informou que o fornecedor comunicou problemas com alguns insumos diante da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Disputa eleitoral — Até mesmo o clima amistoso de homenagens para comemorar os aniversários de Álavaro Oliveira (PSD) e Rogério Matoso (União) virou provocação. Usando uma linguagem comum no futebol, teve vereador da base chamando de “grupo da morte” a nominata dos Bacellar, sendo rebatido pela oposição para ele fique atento para não ser traído pelo “grupo do escorpião”, fazendo uma referência aos Garotinhos.
O vereador Nildo Cardoso (União) aproveitou as declarações para comentar que o pleito vai ser difícil para vereadores de ambos os grupos se reelegerem. “A gente sabe a dificuldade, é um ano muito difícil. É ano onde as pessoas precisam ter sabedoria e serenidade e entender que a população que toma a decisão. De 10 a 12 vereadores, pode incluir meu nome, a partir de primeiro de janeiro, pode ficar em casa”, comentou.

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