Polícia Civil inicia campanha de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas
Yasmim Lima - Atualizado em 26/08/2024 18:47
Delegado Titular da 146ª, Carlos Augusto Guimarães
Delegado Titular da 146ª, Carlos Augusto Guimarães
A Secretaria de Estado da Polícia Civil iniciou nesta segunda-feira (26) uma campanha para a coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas para, posteriormente, cruzar com um banco de dados. A campanha acontecerá até a sexta-feira (30) e conta com 11 postos de Polícia Técnico-Científico. Em Campos, o ponto de coleta será no Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com dados da 146ª DP (Guarus), desde abril de 2023 havia cerca de 130 pessoas desaparecidas na região de abrangência da delegacia. Atualmente são cerca de 42 pessoas registradas no sistema. O delegado titular de Guarus, Carlos Augusto Guimarães, destaca a importância da iniciativa.
“Essa campanha se pauta na coleta de amostras de DNA de familiares de pessoas desaparecidas para que esses bancos de dados sejam abastecidos e, assim, ajudar a polícia nas buscas para encontrar essas pessoas, sejam vivas ou mortas e trazer um alento maior para esses familiares. É uma iniciativa que visa a integração de bancos de dados estaduais com bancos de dados em nível nacional. A campanha será um facilitador na nossa investigação e, assim, conseguirmos alcançar um resultado. É bem simples e fácil, nada invasivo, não precisa tirar sangue, não. Uma simples coleta de saliva com algodão resolve o problema. Desde abril do ano passado, tínhamos o número de 130 registros, mas até agora já reduzimos bastante, localizamos bastante pessoas e temos o registro de cerca de 42 pessoas”, explica Carlos Augusto.
Durante o registro de ocorrência de um parente desaparecido, é indispensável que familiares ofereçam características das pessoas.
“Nós pedimos aos familiares que nos abasteçam de dados. Dados da pessoa, dados morfológicos, sinais físicos, se tem alguma deficiência, deficiência cognitiva, se tem sinais característicos, tatuagens, uso de piercing e se saiu de carro ou moto. Tudo isso para que possamos colocar um registro de busca para os veículos. Além disso, se é criança, adolescente ou até mesmo estrangeiro. É uma série de detalhes desse protocolo que facilita o nosso trabalho de encontro dessas pessoas”, ressalta o delegado titular.
O delegado ainda destaca que os desaparecimentos ocorrem por inúmeros motivos.
“Nos registros dos dados de desaparecidos, nós perguntamos, além das características físicas, se há algum tipo de desavença familiar com terceiros, como era o modo de vida dessa pessoa, se possui conta bancária, conta telefônica, se tinha dívidas, inimigos ou alguma doença mental. São diretrizes que buscam cercar toda a situação envolvida naquela pessoa para facilitar a nossa linha de investigação. Existem crianças que desaparecem e são sequestradas. Existem pessoas com alguma debilidade cognitiva que não se lembram quem são e desaparecem mesmo. Alguns jovens que são aventureiros e não avisam os pais e somem, mas depois do final da semana voltam. E tem aquelas também que realmente são assassinadas e os corpos são escondidos. Então, a gente precisa saber como é a vida, como é o cotidiano e a rotina dessas pessoas”, conta Carlos Augusto.
O delegado ainda esclarece que o fato de ter que esperar até 48 horas para reportar o desaparecimento não é o procedimento correto.
“A partir do momento que a pessoa desconfia que algo saiu da normalidade, já pode nos procurar na delegacia. Chegando à unidade, algumas perguntas vão ser feitas, se ela já percorreu alguns hospitais, se sabe alguma intercorrência que tenha acontecido com essa pessoa, mas o prazo de 48 horas não existe, nem nunca existiu. O ideal é comunicar o quanto antes. Porque no caso de desaparecimento, o tempo está muito a favor daquelas pessoas que comunicam rapidamente”, finaliza o delegado titular.
 

A Secretaria de Estado da Polícia Civil iniciou nesta segunda-feira (26) uma campanha para a coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas para, posteriormente, cruzar com um banco de dados. A campanha acontecerá até a sexta-feira (30) e conta com 11 postos de Polícia Técnico-Científico. Em Campos, o ponto de coleta será no Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com dados da 146ª DP (Guarus), desde abril de 2023 havia cerca de 130 pessoas desaparecidas na região de abrangência da delegacia. Atualmente são cerca de 42 pessoas registradas no sistema. O delegado titular de Guarus, Carlos Augusto Guimarães, destaca a importância da iniciativa.

“Essa campanha se pauta na coleta de amostras de DNA de familiares de pessoas desaparecidas para que esses bancos de dados sejam abastecidos e, assim, ajudar a polícia nas buscas para encontrar essas pessoas, sejam vivas ou mortas e trazer um alento maior para esses familiares. É uma iniciativa que visa a integração de bancos de dados estaduais com bancos de dados em nível nacional. A campanha será um facilitador na nossa investigação e, assim, conseguirmos alcançar um resultado. É bem simples e fácil, nada invasivo, não precisa tirar sangue, não. Uma simples coleta de saliva com algodão resolve o problema. Desde abril do ano passado, tínhamos o número de 130 registros, mas até agora já reduzimos bastante, localizamos bastante pessoas e temos o registro de cerca de 42 pessoas”, explica Carlos Augusto.

Durante o registro de ocorrência de um parente desaparecido, é indispensável que familiares ofereçam características das pessoas.

“Nós pedimos aos familiares que nos abasteçam de dados. Dados da pessoa, dados morfológicos, sinais físicos, se tem alguma deficiência, deficiência cognitiva, se tem sinais característicos, tatuagens, uso de piercing e se saiu de carro ou moto. Tudo isso para que possamos colocar um registro de busca para os veículos. Além disso, se é criança, adolescente ou até mesmo estrangeiro. É uma série de detalhes desse protocolo que facilita o nosso trabalho de encontro dessas pessoas”, ressalta o delegado titular.

O delegado ainda destaca que os desaparecimentos ocorrem por inúmeros motivos.

“Nos registros dos dados de desaparecidos, nós perguntamos, além das características físicas, se há algum tipo de desavença familiar com terceiros, como era o modo de vida dessa pessoa, se possui conta bancária, conta telefônica, se tinha dívidas, inimigos ou alguma doença mental. São diretrizes que buscam cercar toda a situação envolvida naquela pessoa para facilitar a nossa linha de investigação. Existem crianças que desaparecem e são sequestradas. Existem pessoas com alguma debilidade cognitiva que não se lembram quem são e desaparecem mesmo. Alguns jovens que são aventureiros e não avisam os pais e somem, mas depois do final da semana voltam. E tem aquelas também que realmente são assassinadas e os corpos são escondidos. Então, a gente precisa saber como é a vida, como é o cotidiano e a rotina dessas pessoas”, conta Carlos Augusto.

O delegado ainda esclarece que o fato de ter que esperar até 48 horas para reportar o desaparecimento não é o procedimento correto.

“A partir do momento que a pessoa desconfia que algo saiu da normalidade, já pode nos procurar na delegacia. Chegando à unidade, algumas perguntas vão ser feitas, se ela já percorreu alguns hospitais, se sabe alguma intercorrência que tenha acontecido com essa pessoa, mas o prazo de 48 horas não existe, nem nunca existiu. O ideal é comunicar o quanto antes. Porque no caso de desaparecimento, o tempo está muito a favor daquelas pessoas que comunicam rapidamente”, finaliza o delegado titular.


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