Cão Chorão bate continência em último adeus ao amigo policial
Dora Paula Paes 26/08/2024 18:32 - Atualizado em 26/08/2024 18:38
A vida do policial militar, o sargento Caio Cesar Tofano e Silva, lotado no 36º Batalhão de Polícia Mlitar, foi ceifada em um grave acidente de trânsito no último sábado (24), entre Santo Antônio de Pádua e Miracema, Noroeste Fluminense. No luto, fica a saudade e deixa o ensinamento de amor verdadeiro entre o homem e o cão Chorão; o vira-lata caramelo adotado por Caio e colegas de farda. Chorão também foi "bater continência" ao amigo. O cachorro se fez presente no velório e no sepultamento, no domingo (25), no derradeiro momento do último adeus. Só para lembrar, neste 26 de agosto, é o Dia Mundial do Cachorro, considerado o "melhor amigo do homem".
Nesta segunda-feira (26), de acordo com colegas, Caio era amigo pessoal e de infância de grande parte da tropa. Junto a um grupo de policiais, eles resgataram o cachorro, chamado por eles de Chorão. "Mas o Caio tinha um amor especial por ele e era recíproco. O Caio mandou fazer um colete operacional para o Chorão, pois ele participa das operações com os policiais, como se fosse treinado", destaca uma colega de farda.


Durante todo o velório, o cachorro ficou deitado na frente da capela e, em alguns momentos, foi próximo ao caixão, o que chamou atenção e emocionou as pessoas. Inclusive, chegou a ser amparado por um policial militar.

O vira-lata caramelo foi batizado em julho e um vídeo deixou o grupo em evidência. O Chorão não podia ver um policial ou uma viatura, ele ficava “chorando” e querendo brincar e/ou andar de viatura junto com a guarnição. Imagens do policial, por exemplo, mostram o “Chorão” dando voltas na viatura com o próprio Caio, que exibia um sorriso radiante junto ao amigo de quatro patas.

Embora viva na rua, o cão costuma ficar atrás da Companhia da Polícia em Miracema, onde recebe comida, água e remédios, mas também roda a cidade inteira. "Acompanho a história deste dog e, ao saber da morte do sargento, pressenti que Chorão estaria no adeus. Não paro de chorar, sou cachorreiro", se emociona o blogueiro da Folha da Manhã, Nino Bellieny.
Fotos: Divulgação

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