Na última semana, a Prefeitura de Campos divulgou que o município havia apresentado um desempenho positivo em relação à redução dos índices de pobreza, com base no quantitativo de pessoas registradas no Cadastro Único (CadÚnico). Os dados, que foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, mostram que em dezembro de 2023 eram 237.778 mil pessoas inseridas no CadÚnico. Já em julho de 2024, consta o número de 220.777 mil cadastrados. A queda foi de 17 mil pessoas, ou seja, um percentual de 7,15%.

O Cadastro Único é um registro que permite ao governo saber quem são e como vivem as famílias de baixa renda no Brasil e facilita acesso aos programas sociais, como o Bolsa Família. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) do governo federal considera pessoas em situação de pobreza aquelas com renda monetária domiciliar per capita de até R$ 180,00.

O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, comemorou a redução mesmo que seja pequena, de dezembro de 2023 a julho de 2024. Ele aponta três iniciativas que contribuíram para a melhora do índice. São eles: a recuperação do orçamento social por meio dos programas de transferência de renda; a estabilização do orçamento geral, que permitiu que os salários fossem colocados em dia; por fim, parcerias que consolidaram investimentos e resultados positivos na empregabilidade. Apenas neste ano, o município gerou 4.429 vagas de trabalho com carteira assinada, mantendo o saldo positivo pelo sexto mês consecutivo.

Os números do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) foram tabulados pelo geógrafo com especialização doutoral em estatística pelo IBGE, o professor William Passos. No conjunto dos municípios do Norte Fluminense, somente em Conceição de Macabu e São Francisco de Itabapoana o total absoluto de população em situação de pobreza manteve-se estável na comparação entre junho e julho deste ano. Sobre a queda de 7,15% entre dezembro de 2023 e julho de 2024 em Campos, o professor relaciona com o crescimento da oferta de emprego na cidade.

“Uma das explicações mais prováveis desta redução é a melhora do ambiente econômico, com o aumento da geração do emprego com carteira assinada, conforme demonstrado pelo Caged, do Ministério do Trabalho, que informou que Campos gerou 4.429 novos empregos formais de janeiro a junho deste ano. O emprego com carteira assinada retira as pessoas dos programas sociais, libertando as pessoas da necessidade de receber ajuda do governo”, explicou.